Das séries que tenho visto nos últimos meses, Shogun está claramente no topo. Ver artigo
História, Literatura Estrangeira, Literatura Lusófona, Literatura Portuguesa, Romance histórico, Thriller
Das séries que tenho visto nos últimos meses, Shogun está claramente no topo. Ver artigo
In Memoriam, de Alice Winn, publicado pela Casa das Letras, com tradução de Sebastião B. Cerqueira, venceu o Prémio Waterstones de Primeiro Romance 2023. Esta história de amor entre dois jovens soldados na Primeira Guerra Mundial é o seu romance de estreia. Ver artigo
O Romântico, de William Boyd, com tradução de Maria João Lourenço, foi publicado no início do ano pela Dom Quixote. É o primeiro livro que leio deste consagrado escritor britânico, autor de romances de fundo histórico como No Coração de África e Viagem ao Fundo de um Coração, onde dá a conhecer a personagem de Ian Fleming. Ver artigo
Volto a Orhan Pamuk, um dos meus autores de eleição de longa data, cuja obra (narrativa e ensaística) tenho vindo a ler desde que começou a ser publicado entre nós, pela Editorial Presença, penso que ainda antes de ter sido laureado em 2006 com o Prémio Nobel da Literatura. Ver artigo
Quando Cristo e os Seus Santos Adormeceram, de Sharon Kay Penman, publicado pela Kathartika, com tradução de Elsa T. S. Vieira, e revisão de Rita Almeida Simões, é um fantástico cartapácio, de cerca de 800 páginas de letrinha miudinha, que não deve desencorajar os mais empedernidos leitores. Um romance épico, sem dragões nem magia, ainda assim verdadeiramente apaixonante. A prosa é escorreita e enlevante. O livro faz ainda parte de uma série maior, com 5 volumes de leitura autónoma. Ver artigo
O vento conhece o meu nome, com tradução de Carla Ribeiro, é o novo romance da autora chilena Isabel Allende, publicada pela Porto Editora. Ver artigo
A Aldeia das Almas Desaparecidas II – Aquilo que procuramos está sempre à nossa procura, de Richard Zimler, com tradução de Inês Fraga e Luís Santos, é a sequela de A Aldeia das Almas Desaparecidas I – A floresta do avesso. Ver artigo
A Casa da Fortuna, também com tradução de Catarina Ferreira de Almeida, inicia a ação 18 anos depois do final do primeiro volume, justamente no dia do aniversário de Thea, em 1705. Ou seja, a criança que nasce no final de O Miniaturista, completa agora 18 anos e está em idade casadoira. Sem querer estragar a leitura do primeiro romance, ressalve-se que o dia de anos de Thea é toldado pela tristeza de duas mortes que também se assinalam nesse dia. Vive rodeada de pessoas que a amam – o pai, Otto, a tia, Nella, e a ama de leite Cornelia –, embora este trio se pareça desentender permanentemente entre si, particularmente Otto e Nella, cujas discussões ao longo do livro são constantes. A glória da casa, onde havia inclusivamente uma peculiar e dispendiosa réplica em miniatura, feita com os mesmos materiais da casa original, perdeu-se definitivamente. Se antes conseguira manter a casa e a família à tona com o negócio do açúcar, numa gloriosa Amesterdão – que começa também a perder algum brilho, tornando-se mais austera e contida –, Nella vê-se agora obrigada a despir de quadros as paredes da casa, que tenta vender por algumas centenas de florins. Depois de 18 anos a tentar sobretudo providenciar o melhor para Thea, e da mesma forma que a própria Nella se viu obrigada a casar aos 18 anos, para salvar o nome de honra da sua família, Nella não discerne uma alternativa que não seja casar rapidamente a sobrinha. Além disso quer Nella quer Thea se enamoram, tão somente para, logo a seguir, verem as suas esperanças no amor soçobrarem, pois os homens a quem amam traem a sua confiança. Outra semelhança ainda entre Nella e Thea, é a jovem começar igualmente a receber misteriosas encomendas deixadas na soleira da porta, com miniaturas cujo realismo é tão enfeitiçante quanto desconcertante, ao ponto de as suas portadoras se convencerem de que estas miniaturas contêm uma estranha magia, a ponto de terem a capacidade de representar as pessoas que lhes servem de modelo. De resto, Nella e Thea não poderiam ser mais diferentes, nomeadamente pelo espírito mordaz e determinado de Thea, pronta a arriscar tudo em nome do amor, enquanto Nella se conformou com o seu infeliz desenlace, e tendo ficado viúva tão pouco tempo depois do casamento, optou por nunca mais casar, crente inclusivamente de que seria muito mais livre assim. Nella, por seu lado, parece ter adquirido o calculismo e a frieza de Marin, até nas suas réplicas cortantes, e pela forma como reprime os seus sentimentos, talvez por força de ter de controlar os livros-razão que sustêm a casa desta estranha família: “há quanto tempo vivem eles por um fio, o simulacro de uma família abastada? O que serão, afinal, senão uma incómoda reunião de almas que vacilam à beira do abismo?” (p. 199) Ver artigo
O Miniaturista, de Jessie Burton Ver artigo
O Miniaturista, de Jessie Burton, com tradução de Catarina Ferreira de Almeida, é um romance histórico, mas também um thriller psicológico que escapa um pouco a definições genéricas. Jessie Burton, que tem vindo a ser publicada pela Editorial Presença, é também a autora de A Musa (que li e recenseei em 2017), um êxito de vendas publicado em 30 países. O Miniaturista foi originalmente publicado entre nós em 2015 e foi recentemente relançado, numa segunda edição, a propósito da publicação de A Casa da Fortuna, o seu mais recente romance e a aguardada sequela do seu romance de estreia O Miniaturista. Ver artigo