Já tinha visto a 1.ª temporada quando saiu. E já tinha sido avisado, assim como lido algures por aqui, que a 2.ª temporada tinha um final de arromba além de ser das melhores séries da actualidade. Claro que uma afirmação destas peca por efemeridade, uma vez que dentro de alguns meses há sempre novas séries que se impõem. Mas sim, é verdade. Succession, série da HBO, é uma excelente série. Retrata a vida dos Roy, aquele 1 % a que uma grande parte dos outros 99 % pretende ou fantasia chegar, com a sobriedade e um certo voyeurismo de reality show – a forma como a câmara por vezes se foca, tremida, atabalhadoamente, nas personagens, despindo-as para o espectador mais atento, revelando-as num esgar, num relance súbito. Um crescendo lento, em dez episódios de uma hora, em que um pai temperamental e tempestuoso se desvela em frieza e ambição. Uma Holly Hunter, frágil e delicada, com um humor irreverente, como um passarinho pousado nesse rinoceronte que é Brian Cox, numa excelente representação de um Midas sem coração. 4 filhos, quase todos perfeitos inúteis, mas com um senso absoluto de triunfo e desdém. Um deles, passa pela segunda temporada inteira como um zombie, um ser catatónico, que parece sempre à beira do abismo e pronto a saltar ou a disparar sobre todos. Kendall Roy, o mais sensível, o mais vulnerável – e talvez daí as suas dependências, pois é cocainómano; como escape, como compensação química a um amor que a mãe (que também entra em cena por breves momentos) se revela incapaz de partilhar (na cena em que mesmo quando não vê os filhos ao longo de anos evita ficar e ouvir o filho que claramente precisa de conforto, de desabafar, de algum afecto). Se observarmos a própria foto do cartaz da série podemos perceber como o que parecem veios na mesa de mármore são rachas, que se estendem como uma árvore genealógica.
O final, honestamente, não me surpreendeu completamente. Até porque os símbolos, as pistas, estavam lá – os elementos míticos, do sacrifício do filho pelo pai; os elementos religiosos, inclusive, com um beijo dado na face como despedida… Brilhante. E mais não digo. Agora vou voltar aos bilionários, com a série Billions, que tem a feliz surpresa de contar com Julianna Margulies no elenco, ao lado do Paul Giamati. Mas sobre isso falarei depois. Ver artigo
A segunda obra de Eleanor Catton, Os Luminares, publicada pela Bertrand Editora, confirmou o seu talento ficcional, que arriscou com um livro denso de 888 páginas, cuja originalidade foi reconhecida com o Man Booker Prize 2013, e faz de si a mais jovem autora de sempre a receber o prémio, ao que acresce que o prémio foi conferido ao romance mais extenso até à data. Ver artigo
Sete Casas Vazias, de Samanta Schweblin, da Elsinore, é um pequeno livro de contos, tão breves quanto tensos, deixando o leitor com o coração na boca. Sete contos, a condizer com o título, que pouco parecem ter em comum, não fosse o vazio destas personagens, confinadas às suas pequenas casas, enredadas nos seus muros de insegurança. Mas mesmo entre quatro paredes, nessas casas onde «com apenas três passos largos atravesso a sala, saio de casa e fecho a porta» (p. 112), estas personagens, mulheres, raramente se sentem seguras. Nessas sete casas vazias, despidas de sentimento, apesar dos objectos, dos móveis, das estantes e louceiros arrumados nos seus lugares, atravancando as vidas de quem ali dorme. Quarenta centímetros quadrados de espaço para viver, pois quando as casas são demasiado grandes perde-se o controlo sobre elas, essas casas despojadas de emoções e vibrações humanas, onde a vida é absorvida numa voragem e se cava um abismo profundo como a morte. Vidas vazias de quem não tem sequer alguém para quem morrer, de seres cuja existência nem enche uma caixa. Essas habitações vivas com a sua própria respiração, onde o vazio ressoa como um vácuo e ameaça tragá-las: «ouviu um som rouco atrás de si. Silencioso, mas percetível para ela, que estava alerta e conhecia o seu espaço. Voltou a ouvi-lo, desta vez vinha do teto, e ouviu outra vez, muito mais perto, rodeando-a totalmente. Ia e vinha, como um ronco áspero e profundo, como a respiração de um grande animal dentro de casa.» (p. 87) O seu estado, esse «insólito estado de alerta» (p. 112) que atravessa as personagens, é também o sentimento com que o leitor vira as páginas, quase a medo, pois predomina, conto a conto, um «receio que alguma coisa se quebre irremediavelmente» (p. 117). Sete narrativas cuja intriga é sempre enigmática, insólita, quase nunca clarificada.
Samanta Schweblin, cujos livros de contos e romances estão publicados na Elsinore, nasceu na Argentina, em 1978, e é uma das vozes mais originais da literatura contemporânea em língua espanhola. Sete Casas Vazias e Pássaros na Boca (2018) venceram prémios internacionais como Casa de las Américas e Juan Rulfo, e em 2017 esteve entre os finalistas para o Prémio Internacional Man Booker com o romance «Distância de Segurança» (2017), a ser adaptado a série pela Netflix. Ver artigo
Elogio do Amor, de Alain Badiou e Nicolas Truong, publicado pela Edições 70, chancela das Edições Almedina, é aquilo que o próprio título revela: uma elegia do amor. E cumprindo o espírito dos primórdios da filosofia, conforme aos diálogos socráticos, este elogio ao amor surgiu sob a forma de uma conversa pública, pois o texto do livro reelabora o discurso do autor proferido em Julho de 2008, no âmbito do Teatro das Ideias, um ciclo de encontros intelectuais e filosóficos do Festival de Avinhão. A discussão filosófica aqui reproduzida corre com a espontaneidade e clareza de um diálogo entre amigos, e bebe da energia complexa e profunda de uma conversa que brota entre a mente de dois intelectuais: Alain Badiou, licenciado em Filosofia, um dos fundadores da Faculdade de Filosofia da Universidade de Paris VIII com Gilles Deleuze, Michel Foucault e Jean François Lyotard, e Nicolas Truong, interrogador-sábio e jornalista (dirige a secção «Ideias – debates» do jornal Le Monde), e organizador do Teatro das Ideias.
Alain Badiou cita Platão, defendendo que «quem não começar pelo amor nunca saberá o que é a filosofia», até porque, como se sabe, o sentido etimológico da palavra Filosofia é amor à sabedoria.
A definição de amor permanece fugidia e ilusória. Curiosamente, a conversa do autor inicia pela noção enganosa de que seja possível um amor seguro, sem riscos, como acontece com certas redes sociais que prometem a união perfeita entre pessoas com o mínimo de dor e de desilusão. O autor defende então como o amor vive do acaso e de encontros fortuitos, sendo «aquilo que dá intensidade e significado à vida» (p. 16), pelo que uma pesquisa cuidadosa na internet em demanda do parceiro perfeito é tão passível de resultar como quando um país anuncia uma guerra sem mortos. Parece extrema a comparação entre amor e guerra (ainda que não seja inédita), mas para este filósofo compete também à filosofia manter a necessidade de um amor em que o risco e a aventura se reinventam, pois só isso traz sentido à vida e à milagrosa união entre duas pessoas. Se a sexualidade é egoista e solitária – mesmo que implique vislumbrar no corpo do outro a ideia do Belo –, o amor concentra-se sobretudo nesse outro, tal como ele nos aparece, invadindo-nos o ser, reformulando e subvertendo a nossa vida: «o que é o mundo quando o experienciamos a partir de dois e não a partir de um? O que é o mundo, analisado, praticado e vivido a partir da diferença e não a partir da identidade?» (p. 29) Ver artigo
A LeYa anunciou no Dia Mundial do Livro a criação de um clube de leitura, designado Próximo Capítulo, com o intuito de promover diálogo e partilha em torno de livros de ficção e de não ficção. Com três encontros virtuais por mês para conversar sobre a obra escolhida por votação, a novidade deste Clube é ser preparado e orientado pelos editores assim como pelas equipas editoriais e de marketing da LeYa, permitindo conhecer as obras através de quem as trabalhou a fundo. Isto possibilita a aproximação ao mundo por trás do livro e ao seu percurso até chegar ao leitor, procurando ainda que haja, sempre que possível, uma interacção com o autor. O número de inscrições superou as expectativas e, como puderam inferir, eu ingressei esta comunidade de leitores, pelo que não podia deixar de partilhar aqui um breve texto sobre a primeira leitura escolhida. Ver artigo
Quando surge a quase inevitável questão de os filmes não suplantarem os livros costumo dar 2 exemplos em que, para mim, os filmes são largamente melhores que os livros… ou pelo menos mais empolgantes para mim. Refiro-me à adaptação fílmica do livro As Horas (que filme brilhante, que actrizes, que banda sonora…) e refiro-me à trilogia O Senhor dos Anéis.
Não quero elevar a série Little Fires Everywhere, do canal streaming Hulu, que adapta o livro Pequenos Fogos em todo o lado, de Celeste Ng, ao pequeno ecrã, a uma fasquia tão alta, mas esta é, indubitavelmente, uma adaptação que ultrapassa muito o livro. Percebe-se que havia necessidade de fazer a história render, das 300 páginas do livro aos 8 episódios da mini-série, mas apesar de o essencial da história estar retratado na adaptação, a mini-série explora de forma inovadora e, noutras vezes, mais aprofundadamente os aspectos essenciais do livro.
Uma história que gira, sem muito ruído ou distracção externa, essencialmente em torno da questão da maternidade, como algo instintivo, que está além das regras e formalidades da sociedade, como um fogo que devora tudo. Uma mãe que abandona a filha, uma mãe que não consegue conceber, uma mãe que aborta, uma mãe que se vende como barriga de aluguer, uma mãe que explora a filha da sua inimiga como forma de a atingir, uma mãe que é o espelho negro de outra, uma mãe que não concebe ficar sem a filha e que por isso vive em fuga constante, uma mãe que tem um filho a seguir ao outro, uma mãe que não consegue engravidar. Assim, de rajada, podemos perceber a teia que se estabelece nestas histórias, a da série e a do livro. E as cerejas no topo do bolo são Reese Witherspoon e Kerry Washington, pois da mesma forma que as cerejas surgem sempre em pares, estas duas actrizes surgem como pólos opostos cuja inimizade e diferença ameaçam fazer a casa arder em chamas.
Não é uma série perfeita, não é uma série ligeira, mas é imperdível. E é bem possível que, como aconteceu com Big Little Lies, arranjem forma de criar uma segunda temporada, ainda que a história original contida no livro esteja encerrada.
A loura tem uma interpretação fantástica, acho, aliás, que foi das pessoas que mais batalhou para que se fizesse uma adaptação do livro… Reese revela um lado negro, de forma convincente, como ninguém julgaria possível. Ver artigo
Frente ao Contágio, de Paolo Giordano, publicado pela Relógio d’Água, tem este título um pouco mais genérico mas é, de facto, sobre a actual pandemia, em 27 fragmentos ou breves capítulos. O autor e físico italiano, autor de outros livros como A Solidão dos Números Primos, escreve este ensaio num «raro dia 29 do mês de Fevereiro», um dia extra de um ano bissexto que está, pelas piores razões, a ser “extra-ordinário” e, por isso também, esperamos nós, raro. Nessa data, a partir da qual o autor nos escreve este ensaio, os contágios confirmados em todo o mundo já são mais de oitenta e cinco mil», ou seja, o contágio estava ainda no seu início pois agora, quando vos escrevo sobre este ensaio, e Portugal prepara o regresso à normalidade possível, com a saída do confinamento e a reabertura do mundo, a pandemia atingiu já mais de 3 milhões e 500 mil pessoas infectadas, mais de 250.000 mortes, mais de 1 milhão de casos recuperados. A Itália, hoje, supera os 200 mil casos e os Estados Unidos da América ultrapassam 1 milhão… Se nos detemos nestas contagens aparentemente macabras é porque, conforme escreve o autor neste ensaio desenvolvido a partir de um artigo publicado num jornal italiano «Há pelo menos um mês que esta estranha contabilidade é a música de fundo dos meus dias», enquanto observa um mapa-mundo aberto no seu ecrã de computador, «todo o mundo está coberto de picadas, e a erupção só pode agravar-se», num planisfério digital em que as zonas vermelhas marcam os focos da doença, pois, «como é sabido, os vírus são vermelhos, as emergências são vermelhas» (pág. 10).
O «SARS‑CoV‑2 é o primeiro novo vírus a manifestar‑se tão velozmente à escala global» e revela «a multiplicidade dos níveis que nos ligam uns aos outros, assim como a complexidade do mundo que habitamos, das suas lógicas sociais, políticas, económicas, e também interpessoais e psíquicas» (p. 9): «Este contágio dá‑nos a medida do grau em que o nosso mundo se tornou global, interconectado, inextrincável.» (p. 10)
Paolo Giordano usa a escrita para manter os pés bem assentes na terra, num tempo de silêncio, «um espaço vazio inesperado», que é, contudo, hostil à criatividade e à produtividade, devido à incerteza dos dias. Uma das poucas certezas é a de que os números continuarão a crescer e serão completamente outros quando o leitor ler essas suas páginas. E a principal certeza a que se agarra é que estas «reflexões que o contágio suscita agora continuarão a ser válidas. Porque tudo o que está a acontecer não é um acidente casual nem um flagelo. E não é realmente novo: já aconteceu e tornará a acontecer» (p. 11). E é sobre a matemática, a mesma ciência exacta que nos seus anos de secundário lhe permitia sanar a angústia, que o autor se debruçará, desenvolvendo a tese de que as «epidemias, antes ainda de emergências médicas, são emergências matemáticas. Porque a matemática não é de facto a ciência dos números, é a ciência das relações: descreve as ligações e as trocas entre seres diferentes, procurando esquecer de que são feitos (…), tornando-os abstratos sob a forma de letras, vetores, pontos e superfícies. O contágio é uma infeção da nossa rede de relações.» (p. 14)
Em suma, escreve-nos o autor que a única arma que temos não é uma vacina mas a paciência, essa “forma um tanto antipática de prudência”… Ver artigo
Já não sou um purista, daqueles que fica sempre decepcionado com as adaptações a filme como também ultrajado. Mas continuo a preferir ler sempre o livro antes de ver o filme ou, como agora é mais corrente, a série.
Pequenos Fogos em todo o lado, de Celeste Ng, publicado pela Relógio d’Água, não é uma obra de literatura das que virá a ser discutida ou lembrada na posteridade, mas é um livro de leitura compulsiva, mas não tão leve, cuja prosa é enganadoramente simples. A autora escreve bem, mas fá-lo com precisão cirúrgica, sem usar mais do que as palavras necessárias, da mesma forma que não disseca cenas nem personagens, deixando isso a cargo do leitor. A intriga do livro pode parecer semelhante à de um guião de uma série – e por isso mesmo foi adaptado pela Hulu – mas esta história tem camadas sobre camadas de significado e levanta uma série de questões prementes, que a autora evita explorar, aparentemente, deixando as interpretações e posições a cargo do leitor, como a questão da adopção da bebé Mirabelle/May Ling, se deve ser criada pela mãe que a abandonou ou por um casal branco, rico, que tem todas as condições para a criar, menos a de lhe poder transmitir a sua herança cultural como bebé chinesa que é. Ou como uma mulher acede a ser barriga de aluguer para um casal que não pode conceber mas vê-se ultrapassada pelo seu instinto maternal, possivelmente agudizado pela perda familiar que sofre durante a gravidez.
Mia e Pearl, mãe e filha, raramente permanecem muito tempo no mesmo lugar mas, quando chegam a Shaker Heights onde alugam a casa de Mrs. Richardson, Pearl acalenta a esperança de poder criar raízes naquele pacato subúrbio de Cleveland. E rapidamente começa mesmo a criar laços com a família Richardson…
Shaker Heights é um daqueles subúrbios norte-americanos (não confundir com a nossa Amadora), ao estilo de Donas de Casa Desesperadas, onde todas as casas são geminadas e a relva não pode ultrapassar os 6 cm de altura. Mrs. Richardson é uma daquelas Stepford Wives e note-se que no livro Mrs. Richardson raramente é chamada pelo nome próprio de Elena… ou seja, é sempre conhecida pelo seu “título”, pela sua posição de chefe de família: «A casa dela era grande; os filhos estavam seguros e felizes e bem-educados. Convenceu-se de que isso era o essencial daquilo que planeara há tantos anos.» (p. 103)
Elena Richardson é daquelas pessoas irritantes que gosta de ter tudo no lugar certo e determinada em praticar boas acções (como aquelas pessoas que obrigam a velhinha a atravessar a estrada mesmo quando ela nem queria passar para o outro lado). Por isso mesmo, a renda da casa será muito abaixo do normal e é por isso que Mia se instala aí, apesar das diferenças óbvias entre ambas. Pois Mia é um artista, enquanto que Elena, com a sua família perfeita com um marido perfeito e 4 filhos, vive segura num lugar previsivelmente seguro como Shaker Heights, onde nada acontece: «na sua linda casa perfeitamente ordenada e abundantemente mobilada, em que a relva estava sempre aparada e as folhas eram apanhadas e nunca, nunca havia lixo à vista; no seu lindo bairro perfeitamente ordenado, em que cada relvado tinha uma árvore e as ruas eram curvas para ninguém andar demasiado depressa e cada casa se harmonizar com a seguinte; na sua linda cidade perfeitamente ordenada, em que todos se davam bem e todos cumpriam as regras e tudo tinha de ser útil e lindo por fora, fosse qual a fosse a confusão por dentro.» (p. 300)
E quando além disso Mrs. Richardson propõe, de modo a que seja irrecusável, que Mia faça um part-time como gestora do lar (vulgo politicamente correcto para empregada doméstica), Mia aceita também, até porque isso lhe permitirá acesso aos bastidores da casa da família que Pearl começa a preferir à sua mãe.
Agora, quanto à mini-série: a adaptação do livro Pequenos Fogos em todo o lado, de Celeste Ng, é bastante livre. E sinceramente acho que isso só enriqueceu a minha leitura do livro pois há várias questões que são muito mais exploradas, principalmente, o conflito entre Mia e Mrs. Richardson que é intensificado pela questão cultural, uma vez que na série Mia e Pearl são representadas como “afro-americana”. E é fantástico ver o confronto entre duas boas actrizes: Mia, representada por Kerry Washington (a Olivia Pope de Scandal), e Elena Richardson interpretada por Reese Witherspoon. Há aliás muito mais diálogo entre ambas as mulheres, o que pouco acontece no livro, e a hostilidade muito mais declarada entre uma artista de espírito livre e uma americana loura de boas famílias com um trabalho como repórter em part-time (pois a família é naturalmente a sua prioridade). Só é pena, na minha perspectiva (e se não quiserem um pequeno spoiler do livro aconselho a parar de ler aqui), que na série não se tenha respeitado um aspecto da história original: há uma mulher que é mãe, mas permanece também virgem, enquanto que na série é apresentada como mais promíscua.
As últimas palavras são acerca da minha muito adorada Reese Witherspoon. Mrs. Richardson aparece demasiado caricaturizada na série, como acontece com o seu sistema de organização por cores e os seus calendários para tudo, inclusive para as relações sexuais com o marido que só podem ocorrer às quartas-feiras e sábados. Mas não acho que se possa subestimar a actriz em si, até porque é muito mais exigente do que se possa pensar uma actriz inteligente, ainda por cima com o seu ar de Barbie, conseguir representar convincentemente uma mulher tonta (aqui uma espécie de Legalmente Loura na sua versão adulta) que vê todas as suas certezas arderem. Ver artigo
Não consigo compreender os critérios destes algoritmos ao estilo Big Brother. Subscrevo há anos a Apple Music, o que me permite ouvir tudo o que quero quando eu quero, e acordo com a sugestão do novo álbum do Max Richter (a OST da 2.ª temporada de A Amiga Genial). Mas quando procuro no iTunes o novo álbum de Buddha Bar XXII, que saiu já em Março deste ano, não consigo encontrá-lo de forma nenhuma – até que, por acaso, descubro uma música do DJ numa compilação recente e é por essa tortuosa via que chego ao álbum… Pode ser que o iTunes esteja a tentar educar-me nos meus gostos musicais mas deixem-me lá com a minha musiquinha étnico-zen que eu sou feliz assim. Ver artigo
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