A Pergaminho, chancela da Bertrand Editora, publica geralmente livros de espiritualidade ou desenvolvimento pessoal. A Nação das Plantas, de Stefano Mancuso, bem como o anterior A Revolução das Plantas, é um livro que foge a essa regra, mas nem por isso menos premente e pertinente, ainda mais numa era em que o homem compreende como é, de facto, pequeno face ao poder imprevisível da Natureza. O autor pretendeu redigir com este fascinante e original tratado uma constituição escrita pelas plantas e para as plantas onde define os seus 8 pilares principais de sabedoria.
Demonstrando que o homem não é de todo o dono da terra mas sim um inquilino desagradável e ingrato, o autor explana como o nosso planeta, que na verdade deveria chamar-se Gaia, como ser vivo e inteligente que é. O homem, apesar dos seus 7,5 mil milhões de espécimes, representa somente um décimo de milésimo da biomassa total do planeta, enquanto que as 450 gigatoneladas de plantas correspondem a 80 % em contraposição com o 0,01 % da humanidade. As relações ecológicas são ligações infindas e complexas e qualquer quebra nessa rede de comunidades, como as extinções provocadas pelo homem, pode trazer consequências nefastas. Além disso, as plantas são seres vivos profundamente inteligentes que «veem, ouvem, respiram e raciocinam com todo o corpo» (p. 54), da mesma forma que a sua comunidade funciona num modelo organizacional difuso, como um sistema radicular, em que o poder nunca se concentra num só ser. Por isso mesmo, apesar de não poderem deslocar-se como os animais, ou migrar como os homens (ou será que afinal até se movem?), as plantas conseguem adaptar-se às alterações do terreno e do ambiente em que se inserem: «Em condições de escassez de nutrientes ou de água, conseguem transformar de forma substancial a sua própria anatomia, adaptando-a ao meio alterado.» (p. 108)
Assumindo-se como uma Cassandra – a profetisa da desgraça que, afinal, tinha razão –, Mancuso explana, de forma acessível, diversos dados científicos relevantes que alertam para a nossa pequenez face a uma comunidade inteligente como a das plantas, proporcionando, inclusive, comparações extremamente acutilantes entre a vida das plantas e a dos homens, como, por exemplo, a forma como o mundo vegetal só se desenvolve em função dos recursos que tem disponíveis, enquanto o homem continua a dilapidar a Terra dos seus recursos. A nação das plantas, capaz de criar as mais surpreendentes formas de cooperação, desenvolveu em poucos milhões de anos florestas arbóreas que permitiram alterar o ambiente terrestre de modo a proporcionar o surgimento de vida animal, removendo quantidades astronómicas de dióxido de carbono, usando esse mesmo carbono para criar substâncias orgânicas e fixando essa enorme quantidade de carbono desnecessário nas profundidades da Terra, transformado em carvão e petróleo… «E ali teria ficado para sempre, intocada e inócua, se nós, tal como no mais assustador dos filmes de terror, não tivéssemos ido perturbar o sono deste monstro.» (p. 91)
Stefano Mancuso é uma das autoridades de maior renome na área da Neurobiologia Vegetal. Professor associado na Universidade de Florença, dirige o Laboratório Internacional de Neurobiologia Vegetal e é membro fundador da International Society for Plant Signaling and Behavior. Autor de vários bestsellers internacionais de divulgação científica e de centenas de artigos académicos. A revista New Yorker considerou-o um dos «world changers» da década e o La Repubblica assinalou-o como um dos 20 italianos destinados a transformar as nossas vidas. Ver artigo
Dizer «Eu amo-te» é talvez das palavras ou fórmulas mais antigas na história da humanidade. Muito provavelmente já se veiculava estas palavras por gestos ou por actos ainda antes de o homem dominar a linguagem verbal. Muito certamente são das palavras mais usadas em todo o mundo e, como tudo o que é proferido, transportam consigo uma energia. E todos os dias ouvimos pessoas que sofrem por falta de amor… Até aqui nada de novo. O que é aqui avançado por Sri Prem Baba neste magnífico pequeno livro da Pergaminho, é que o nosso relacionamento com o outro, nomeadamente o relacionamento afectivo e sexual, é o mais poderoso catalisador e ativador da verdade, da mesma forma que é através do acto de amar que o ser humano (enquanto ser espiritual que vive uma experiência terrena, numa existência mundana) atinge a transformação.
Sri Prem Baba desenvolve, ao longo de 4 capítulos, como é que o eu, apesar da sua individualidade, espontaneidade, liberdade, e responsabilidade, nasce no seio de uma família, para depois se conhecer através do seu reflexo no outro, até conseguir chegar a uma união num nós. existe a crença, que não é nova, de que ao preparar-se para nascer a alma escolhe a família, de modo a purificar o seu karma, e é esse processo de purificação, de encontro com a verdade, que permite alinharmo-nos com o nosso dharma, o propósito da nossa alma – a missão que assumimos, por assim dizer. É verdade que existem actualmente milhares de livros que versam a temática amorosa na área do desenvolvimento pessoal, mas para um leitor atento ou mais apaixonado é fácil constatar de imediato que o autor aqui não se limita a mastigar lugares-comuns ou banalidades. Diz-se usualmente que a vida é uma escola: em Amar e ser livre demonstra-se que os relacionamentos amorosos são a nossa universidade. Em traços gerais, as principais ideias do autor defendidas neste livro são que o sexo não pode ser um aspecto da nossa existência a suprimir ou a reprimir, até porque é através da sexualidade, especialmente das nossas fantasias mais recônditas, que é possível descobrir o que escondemos até de nós próprios e que pode fazer luz sobre os nossos medos e anseios, pois revelam «aspectos da consciência que ainda não foram devidamente integrados» (p. 52). Ouço muito recorrentemente as pessoas lamuriarem-se que estão sozinhas (por vezes há algumas semanas), quando outras pessoas (sim, é o meu caso) estão sozinhas há mais de 10 anos. Afirma o autor que, no geral, as pessoas entram nos relacionamentos como trajectos de fuga, «porque o contacto com a solidão significa a morte da nossa falsa identidade» (p. 75). E é através do relacionamento amoroso com outrem que se atinge a verdade interior, um conhecimento íntimo do nosso eu, pois é o outro que faz luz sobre as nossas sombras: «É preciso ter coragem para abandonar as defesas e permitir-se chegar perto do centro. É necessária ainda mais coragem para deixar o outro tocar no nosso centro, para se revelar. (…) sem revelação, não há intimidade. Sem intimidade, não há aprofundamento do amor.» (p. 108). Mas amar, amar verdadeiramente, implica libertar o outro, darmo-nos desinteressadamente, «quando conseguimos perdoar e agradecer e ver Deus em todos» (p. 63). É então que se alcança a purificação e o eu se completa.
Sri Prem Baba nasceu no Brasil, em São Paulo, e estudou Psicologia e Ioga. Tornou-se discípulo do mestre Sri Sachcha Baba Maharajji e fundou o movimento global Awaken Love. Vive entre o Brasil e a Índia onde ministra cursos e oferece palestras e retiros, como os de Satsang (que significa «encontro com a verdade»). Ver artigo
Giacomo Navone e Massimo De Donno são formadores ou, melhor dizendo, treinadores de fitness mental e autores de diversos livros nesta área do desenvolvimento pessoal com dezenas de milhares de exemplares vendidos e publicados em várias línguas.
Este livro da Pergaminho é um guia prático relevante e daí a nossa sugestão numa era em que somos bombardeados com cada vez mais informação, quando muitas vezes não conseguimos sequer corresponder a tudo o que se encontra disponível (desde que a internet também revolucionou a acessibilidade ao conhecimento), enquanto que o método de ensino aplicado a quase todas as crianças continua a ser o velho e fastidioso modelo de «ler e repetir». As técnicas sugeridas neste livro visam justamente transformar «a aprendizagem numa actividade muito mais rápida e menos maçadora».
Este guia prático e de leitura acessível, mesmo quando versa áreas mais delicadas como o modo de funcionamento do nosso cérebro, apresenta técnicas para treinar a sua memória, aumentar a sua velocidade de leitura, trabalhar a sua concentração e motivação face à tarefa que tem em mãos, e elaborar mapas mentais, que lhe permitam tirar notas, sintetizar, esquematizar, memorizar, e até desenvolver o seu potencial criativo bem como a sua capacidade de tomar decisões em momentos cruciais.
Sempre com uma breve introdução teórica, o objectivo dos diversos exercícios apresentados neste livro, e que pode ir aplicando ao longo dos 21 dias sugeridos no título, é sempre optimizar todo o potencial da sua mente, ao potenciar a sua memória, a sua aprendizagem e a sua concentração (e quantas vezes não somos interrompidos sistematicamente pelas interferências tecnológicas dos dias de hoje), bem como gerir o seu tempo e organizar tarefas. Ver artigo
«Augusto Cury, com mais de 30 milhões de livros vendidos em todo o mundo, marca presença na Feira do Livro de Lisboa hoje, dia 4 de junho, às 15:30. Esta será a estreia no maior evento cultural do país deste reconhecido psiquiatra, psicoterapeuta e cientista, na qual os seus leitores o poderão conhecer na sessão de autógrafos, que decorrerá no primeiro domingo da Feira.
O seu mais recente livro chegou às livrarias portuguesas em abril (publicado pela Pergaminho). O Homem Mais Inteligente da História, uma obra de ficção, conta a jornada épica de Marco Polo, um cientista ateu, que é desafiado a estudar a inteligência do homem mais fascinante da história – Jesus – à luz das ciências humanas. Este livro é o resultado de um processo de escrita de 15 anos e de 20 anos de pesquisas e estudos por parte do autor, que quando iniciou este trabalho era ateu.» Ver artigo
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