Escrito com «o fólego de um clássico», este livro tem ecos de outros grandes que subiram a montanhas para se tornarem maiores do que a vida, e talvez por isso esteja também dividido em três partes mais ou menos correspondentes às três fases de vida de um homem.
A montanha neste livro é mais do que a neve onde se pode esquiar ou as escarpas que alpinistas desafiam ou onde os caminhantes trepam. Há no ar rarefeito, frio e por vezes árido das montanhas quem encontre um modo de vida e prefira viver no silêncio e na solidão do recato de uma maneira de ser perdida nos tempos.
Pietro é um jovem quando vai com os pais pela primeira vez para a aldeia de Grana, no sopé do Monte Rosa, onde os pais alugaram uma casa e é aí que também descobre facetas novas dos pais que rapidamente se adaptam ao modo de vida da montanha, com o pai a seguir para as suas escaladas à montanha feitas com obstinação e petulância, e a mãe rapidamente mostra desenvoltura na forma como acende uma lareira ao mesmo tempo que ordena ao filho que «fosse apanhar vento e sol e perdesse aquela (…) delicadeza urbana» (p. 27). Começando por explorar o rio, Pietro acaba por travar amizade com Bruno, o rapaz que pastoreava as vacas, numa espécie de calmo cerco amoroso: «A última descoberta foi que não só eu o tinha observado, lá no pasto, como ele me tinha observado a mim enquanto os dois fingíamos ignorar-nos.» (p. 29).
É nas montanhas, onde os pais de Pietro se conheceram e apaixonaram, acabando por ficar isolados do mundo, que Pietro descobre também o valor da amizade e do companheirismo, mesmo quando se passam anos sem ver ou saber do amigo. É na montanha que se dá o desencontro e o reencontro com o pai, e que Pietro descobre o sentido da sua própria vida, mesmo quando esse destino implica virar costas a tudo o que se conheceu.
É um belíssimo livro que nos mostra como há lugares que vivem apenas na nossa infância e, perdidas as pessoas, ficam as memórias que são demasiado aguçadas para serem confrontadas com as realidades que desmoronam face ao brilho de um passado que não volta mas que está sempre vivo no íntimo. Ver artigo
Juliet Marillier é uma autora de culto do fantástico, com fãs por todo o mundo. O Covil dos Lobos é o seu mais recente romance, publicado na primeira semana de Julho pela Planeta, e fecha a trilogia Blackthorn & Grim. Ler esta autora é sempre como ouvir uma história da tradição céltica segundo a fórmula de enigma por resolver e maldição a quebrar, e na intriga deste livro em particular a autora, que nasceu em Dunedin, na Nova Zelândia, «cidade com fortes raízes na tradição escocesa», baseou-se numa história tradicional da Escócia.
Saorla, mais conhecida como Mestre Blackthorn, é curandeira e não só encontra mais um enigma e um desafio, quando conhece a jovem Cara que fala com as árvores e chama a si os pássaros, como será confrontada com as feridas do passado. Mantém-se o tom mais negro do que o usual da saga, como convém a uma personagem de temperamento difícil e tempestuoso (note-se o nome de Blackthorn – traduzido como abrunheiro mas que significa algo como espinheiro negro, a árvore que permite enfrentar a adversidade com determinação) que viu marido e filho serem queimados vivos mas tem de manter a promessa que fez a um membro do Povo Encantado de durante sete anos não se ausentar do local onde está confinada, responder a todos os pedidos de ajuda e não procurar vingança.
O fantástico está menos presente mas este fecho da saga não desilude e prende o leitor até ao fim. A escrita é simples mas apurada, com relatos na primeira pessoa partilhados pelas personagens principais que dão conta da acção de forma continuada, em capítulos alternados entre Blackthorn e Grim, até porque a certa altura se separam. Se em A Torre de Espinhos ficámos a saber que Grim é muito mais do que um matulão brutamontes, tendo vivido em tempos como monge, a personagem ganha aqui mais protagonismo. Curiosamente, neste livro encontramos ainda ecos de outras sagas da autora, como os guerreiros de cara tatuada da Ilha ou crianças humanas trocadas com as do Outro Mundo. Ver artigo
John Maxwell Coetzee nasceu na Cidade do Cabo, estudou em África do Sul e nos Estados Unidos, e vive actualmente na Austrália. Foi o primeiro escritor a vencer por duas vezes o Prémio Booker, com A Vida e o Tempo de Michael K e Desgraça, e em 2003 foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura.
Este romance saído em Maio de 2017 constitui a sequela de A Infância de Jesus, publicado em 2013 também pela Dom Quixote, obra em que o autor se demarca do seu estilo habitual e entra no domínio da distopia. No romance anterior, o leitor ficou a saber como este trio improvável de um homem, uma mulher e uma criança, sem qualquer ligação prévia entre si, passou a constituir uma família, pois Simón e Inés reclamam para si a protecção e educação de Jesus, vendo-se inclusivamente a procurar refúgio numa outra colónia, Estrella. Tem-se falado muito em linguagem alegórica ou metafórica a propósito destes dois romances, mas a escrita é aqui essencialmente cerebral, concisa, limpa de qualquer excess. Se David parece ter muito pouco de Jesus – é emblemático o episódio em que ele aliás se recusa a perdoar Dmitri – já Simón é uma personagem muito curiosa e sensata, com os seus diálogos algo socráticos, especialmente na forma como ele, Simón, responde às inúmeras questões de David, rapazinho vivaço e precoce, que recusa por norma as convenções que a sociedade possa impôr. Talvez por isso David se adapte tão bem à escola da Academia de Dança onde vai aprender a dançar para chamar os números. Como profere Simón: «-Não nos opomos a este recentíssimo desejo pela simples razão de que não temos força para isso – diz ele. – Connosco o David leva sempre a sua avante. É o tipo de família que nós somos: um amo e dois servos.» (p. 96). Simón, dotado de uma suma paciência, parece sim simbolizar toda uma geração de pais da actualidade que se vêem impotentes face à vontade dos filhos: «Eu não lhe oriento a vida, já nem sequer finjo aconselhá-lo. A verdade é que estamos fartos da sua obstinação, a mãe e eu. É como um buldózer. Espalmou-nos. Fomos espalmados. Já não temos resistência.» (p. 48). Apesar da escrita enganadoramente simples e despretensiosa, entre a questão de encontrar uma escola adequada para David e um crime passional, este livro levanta questões bem complexas e prementes. Ver artigo
O Deus das Pequenas Coisas Ver artigo
Comecei ontem o último livro deste autor nascido em Newark em 1947, que nos encanta há 30 anos e depois de um interregno de 7 anos lança-nos agora esta obra magna. Esta obra, publicada pela ASA, é ambiciosa não só pelo tamanho, pois é constituída por 870 páginas de letrinha miudinha e sem bonecos, mas igualmente pela complexidade, ao narrar em 7 partes 4 caminhos alternativos para a vida de Archibald Isaac Ferguson, e pelo cuidado em narrar em simultâneo com os passos da personagem a História da América. Com o mote na contracapa «O que nos motiva verdadeiramente? O que nos leva a optar por um caminho em detrimento de outro? De que futuros abdicamos pelo simples facto de termos apenas uma vida para viver?», esta obra lembra Vida após Vida, de Kate Atkinson, que segue uma premissa idêntica, ou talvez tenham visto o filme Instantes Decisivos, com Gwyneth Paltrow, onde tudo se resumia a ela ter ou não conseguido apanhar o metro, momento em que a sua vida se bifurcou.
Cada parte do livro, depois do primeiro capítulo, 1.0, é constituída por 4 capítulos alternativos, até que já perto do final temos capítulos em branco, isto é, não-capítulos, como o 7.2 ou o 7.3… Paul Auster vai mais longe nesta obra e mostra como a cada caminho de vida tomado pelo jovem Ferguson corresponde também uma natureza e relações distintas. O título 4321 soa a contagem decrescente, talvez para dar ênfase a que, afinal, apesar de aspirarmos a várias vidas (e a ficção dá-nos tantas mais) temos apenas uma vida…
É curioso que Ferguson tenha nascido no mesmo ano que o autor, o que reforça, na minha leitura, aspectos que me parecem autobiográficos, como por exemplo o cuidado em enumerar todas as leituras feitas e os álbuns ouvidos pelo jovem Archie. Todas as 4 vidas de Ferguson giram em torno de um eixo comum, o amor pela mesma mulher, Amy Schneiderman (a obra é dedicada a Siri Hustvedt, a esposa do autor, também escritora).
Apesar do tamanho da obra a verdade é que há muito tempo não mergulhava tão facilmente num livro ou me sentia tão próximo de um protagonista, pelo que estas 870 páginas devoram-se rapidamente. Paul Auster revela-se um exímio contador de histórias, mesmo quando não se narra mais que o quotidiano banal de uma vida comum. Ver artigo
Não, hoje não li o Harry Potter pela vigésima vez mas assinalam-se 20 anos que nasceu (para o mundo) esse rapaz com a cicatriz de um raio na testa e destinado a acabar com o mal personificado na figura de Voldemort ou Salazar para os amigos (inspirado justamente no nome do nosso ditador). Considerando que há crianças que não gostam de ler, embora sejam viciadas em jogos de computador, lembro-me bem de como depois de muito insistir o meu irmão lá pegou no primeiro livro da saga e a verdade é que desde então não parou. Leu todos os 7 livros 3 vezes. E depois nunca mais leu outro livro. Eu tinha cerca de 20 anos, estava já na universidade, a braços com leituras bem mais pesadas e obrigatórias quando um amigo (Vasco) me passou para a mão Harry Potter e a Pedra Filosofal, naquele formato mais pequeno e com capa infantil da fabulosa colecção Via Láctea da Editorial Presença (que também inclui o Ciclo Terramar de Ursula K. Le Guin ou As crónicas de Nárnia. E também Engenhos Mortíferos, agora a ser adaptado ao grande ecrã pelo Peter Jackson de O Senhor dos Anéis). Sempre com uma certa suspeição comecei a ler e a partir do momento em que fico a conhecer o rapaz que dorme por baixo de um vão de escadas e descobre depois que é um feiticeiro fui para sempre absorvido para dentro daquele mundo encantado. Sobre a escrita ou técnica da autora devo dizer que gostei sobretudo da forma como se iam deixando pontas soltas aqui e ali para depois serem retomadas, e como muitas vezes conseguia uma interessante reviravolta no final dos livros, além da forma como bebe da mitologia. Faz-me sempre confusão aquela viagem ao passado em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban mas a verdade é que quem não leu, quem nunca pensou em dar a ler, tem mesmo de mergulhar e dar a conhecer esta saga que marcou muito mais do que uma só geração pois os pais (e os irmãos mais velhos) também não ficaram indiferentes a estes livros. Ver artigo
Musicofilia, Oliver Sacks
Começa com o estranho caso de um homem que é atingido por um raio numa cabine telefónica e que desde então começa a adorar música clássica e reaprende a tocar piano (depois de ter tido apenas umas aulas em criança). A partir daí, Oliver Sacks, neurologista e professor na Universidade de Columbia, vai narrar uma série de casos de pessoas que sofrem de ataques provocados pela música ou, paradoxalmente, ganham um interesse novo pela música após uma crise.
Acho extremamente curioso como o autor não receia considerar, no caso com que abre o livro, uma experiência quase-morte que é descrita com toda a seriedade. Curiosa também a leveza com que o autor nos conduz por estas páginas que são, afinal, vários casos médicos, descritos com toda a parafernália técnica, mas que nem por isso dificultam a leitura. No prefácio, o autor começa por evocar uma situação descrita num livro de Arthur C. Clarke em que uns extraterrestres descem à Terra apenas para ouvir a música produzida pelos humanos, mesmo que enquanto espécie a música lhes seja algo estranho e não lhes diz nada, além de ser perfeitamente inútil… Contudo, ocorre-me ainda, a propósito de tudo isto, o facto de andarmos a enviar música para o espaço… O autor considera ainda como a música é tão inerente à condição humana como a linguagem, pois da mesma forma que temos necessidade de verbalizar e comunicar o mundo também temos ritmos inerentes e dificilmente somos indiferentes, quer gostemos quer não gostemos, à música, mesmo quando se trata da não-música que invade o mundo hoje. A nossa reacção à música é uma experiência auditiva, emocional e motora, e nalguns casos ganha contornos de transcendência, como se pode ver nalguns casos aqui descritos, em que a música nos pode transportar para um lugar seguro ou uma memória da nossa juventude. Ver artigo
Para alguns fãs este pode ser dos melhores livros do autor, cuja obra tem vindo a ser toda publicada pela Quetzal, mas não é certamente o mais fácil.
Começando como o que parece ser um diário de uma viagem a pé pelo condado de Suffolk este livro, com o justo subtítulo de «Uma romagem inglesa», confirma uma natureza difícil de classificar que assiste à ficção de Sebald. Entre o diário de viagem e a ficção, passando pela autobiografia e por vezes ingressando em notas que mais parecem entradas enciclopédicas, o autor não gosta de chamar aos seus livros romances, preferindo apelidá-los de «prosa narrativa». É aliás curioso que o próprio autor refira a certa altura que uma das suas leituras preferidas é o décimo sexto livro de uma série de memórias de Maximilien de Béthune, duque de Sully, além de referir muitas outras narrativas memorialísticas. O deambular alia-se facilmente ao devanear para o autor, retirando impressões e memórias, lidas ou vividas, das paisagens por onde passa, se bem que nem sempre seja claro para o leitor o que pode ligar histórias e notas tão distintas como a história do arenque, a vida e obra de Joseph Conrad, o imperador Xian Feng, ou o bicho da seda e o desenvolvimento da sericicultura. Existem, sim, algumas pontas soltas que por vezes se unem ao longo da narrativa, da mesma forma que perpassa a obra todo um tom melancólico, onde a guerra quase não é mencionada (menciona-se, sim, por exemplo, um fascínio pela guerra aérea como depois se verificou com História Natural da Destruição) mas nas constantes alusões aos séculos XVIII e XIX invoca-se um tempo anterior à Guerra mas onde se sente já o declinar de toda uma época. O livro acaba aliás com a imagem do luto, como um denso véu de seda preta a descer a cortina sobre estas memórias. Talvez por isso se invoque no título a figura sorumbática e opressiva de Saturno? Ver artigo
A Quetzal publicou O espírito da ficção científica, um livro inédito de Roberto Bolaño, preparando ainda para este ano uma edição especial de 2666, uma nova tradução de Detectives Selvagens, Pátria, um volume que reúne três novelas e outra obra inédita.
Tenho lido várias obras do autor – mais recentemente li o 2666 que não é uma obra fácil embora a tenha começado de forma compulsiva – e estava expectante com este livro de dimensão pequena mas importante para a compreensão do conjunto da obra do autor. Esta é uma narrativa aparentemente desconexa tanto que o próprio autor apela a um «paciente leitor» (p. 100), pois está construída de forma tripartida, alternando entre uma entrevista «absurda», de uma entrevistadora a um autor, a narração da vida dos jovens Jan e Remo durante a sua travessia pela descoberta da vida e da literatura e do mistério das revistas literárias em franca expansão e da sexualidade na Cidade do México dos anos 70, e cartas de Jan a autores de ficção científica, pode-se dizer que recuamos até à adolescência das personagens presentes nas obras de Bolaño: «eu era um mirone na Cidade do México, um recém-chegado bastante pretensioso e um poeta desajeitado de vinte e um anos. Quero dizer que nem a cidade me passava cartão nem os meus sonhos conseguiam ultrapassar os limites do pedantismo e do péssimo artifício» (p. 123).
Existem frases de grande beleza lírica, mesmo quando se incorre na descrição de imagens que noutros autores podiam soar batidas, a que Bolaño confere sempre um sabor novo, como a Lua como um lençol batido pelo vento, ou as nuvens a chupar a chuva, mesmo quando as comparações são pouco convencionais: «Todos os sorrisos cabiam num. E o olho do enamorado é como o olho da mosca, de tal maneira que é possível que tenha incluído nos lábios e nos dentes de Laura sorrisos alheios.».
Nunca acho os livros de Bolaño fáceis de decifrar, mas como se pode ler no próprio texto: «Desenganem-se, não há textos estranhos; miseráveis e luminosos, alguns, mas não estranhos.» (p. 131). Ver artigo
É o mais recente livro do autor. Foi originalmente lançado em 2008 e publicado pela Relógio d’Água em Janeiro de 2017, no mesmo mês em que este grande pensador polaco faleceu. Num registo claramente contemporâneo, o autor traça um mapa actual de como encontrar a felicidade partindo dos antigos (e regressando aos antigos), passando pelos filósofos alemãos do século XX, nomeadamente Nietzsche, e muitos outros, no nosso «mundo líquido-moderno», numa sociedade capitalista, egotista e individualista. Começando de rompante com a pergunta «O que há de errado com a felicidade?», de modo a desconcertar o leitor, este pode ainda sentir-se perdido ao longo da obra, dividida em três capítulos, com introdução e posfácio, enquanto Zygmunt Bauman disserta entre o consumismo e a publicidade, os dilemas do homem moderno em como gastar o dinheiro, quais os bens necessários à felicidade, a normalidade e a anormalidade, a aleatoriedade da Natureza (como se verificou na catástrofe do Grande Terramoto de 1755), a ordem construída pelos humanos com recurso à ciência e à tecnologia (e que descambou na catástrofe da Grande Guerra e da Segunda Guerra Mundial), os reality show e a sua regra de exclusão semanal como uma lei que faz parte da natureza das coisas, uma juventude apostada em ser catapultada para a fama por algum golpe do destino, a existência de um destino, a profusão de blogues da rede global (em 2006 eram 50 milhões) onde há quem descreve ao pormenor o seu pequeno-almoço diariamente e incorre em actos confessionais despudorados, o livre-arbítrio, a «destruição criativa» que importámos da arte e praticamos diariamente, a construção de uma identidade que raie a Perfeição Absoluta, a pertença a comunidades exclusivas, o discurso de Sarkozy que incita o povo francês a trabalhar mais e ganhar mais, o reconhecimento social vs. fracasso e humilhação, as utopias e as distopias (do agora novamente tão falado 1984 a A possibilidade de uma ilha de Michel Houellebecq), a bulimia e a anorexia de que sofremos entre os produtos com que somos bombardeados e as dietas que se impõem como revolucionárias apenas para na semana seguinte surgir outra nova e melhorada, e das pessoas que arriscaram a sua vida para ajudar as vítimas do nazismo não porque esperavam uma recompensa mas porque não conseguiriam viver com a sua consciência. No fim, entre a lógica organizacional das novas empresas e o compromisso em que assenta o casamento, tudo se entrelaça para justificar o que o autor nos diz desde o princípio deste tratado sobre a busca da felicidade, ao mesmo tempo que nos alerta para os perigos com que somos bombardeados numa sociedade de excesso de informação e sem filtros: «Praticar a arte da vida, fazer da sua existência uma “obra de arte”, significa, no nosso mundo líquido-moderno, viver num estado de transformação permanente, autorredefinir-se perpetuamente» (p. 102). Ver artigo
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