A Rebelião, de Joseph Roth, com tradução do alemão por Paulo Osório de Castro, foi recentemente publicado pela Cavalo de Ferro (em livro físico e em ebook). Ver artigo
A Rebelião, de Joseph Roth, com tradução do alemão por Paulo Osório de Castro, foi recentemente publicado pela Cavalo de Ferro (em livro físico e em ebook). Ver artigo
Tim Jamieson está prestes a descolar de Tampa para Nova Iorque quando, movido por um inexplicável impulso, decide ceder o seu lugar no avião e parte à boleia até chegar a uma terra obscura onde decide trabalhar como guarda-nocturno. Ver artigo
Os Amores do Senhor Nishino, de Hiromi Kawakami, recentemente publicado pela Casa das Letras, reúne 10 contos, compondo na prática um romance, em torno de um único homem. Originalmente publicado no Japão em 1995, a tradução inglesa intitula-se The Ten Loves of Mr. Nishino. Mas apesar destas histórias de amor centradas na figura de Nishino criarem um retrato refractado, à escritora japonesa Hiromi Kawakami interessa sobretudo dar voz à mulher, melhor dizendo, às dez mulheres que tomam a palavra para traçar os contornos de uma figura masculina, cuja aura melancólica, e uma natureza tão irreverente como inacessível, o tornam irresistível. É somente a partir destas mulheres que conheceremos fragmentos de Nishino ao longo da sua vida, a começar, no primeiro conto, pela sua visita já depois de morto a uma antiga amante que se fazia acompanhar da filha para os seus encontros amorosos, e terminando, no penúltimo conto, com a sua última amante, que se despede dele no funeral ainda com uma corrente de ouro pelo tornozelo com que ele a costumava prender em casa. Na última história que fecha este livro, a protagonista que conheceu Nishino na universidade não sabe se ele ainda está ou não vivo, mas é através das suas memórias que melhor percebemos aquilo que já havíamos vislumbrado: a verdadeira natureza da relação de Nishino com a irmã e a possível causa de ele ser um amante tão irresistível quanto exímio, tão livre quanto dedicado. Ver artigo
Cães Maus Não Dançam é o novo romance de Arturo Pérez-Reverte, autor cuja obra tem sido publicada pela ASA (LeYa), traduzido do castelhano por Cristina Rodriguez e Artur Guerra. Uma narrativa negra e assombrosa, que reflecte sobre a vida pela perspectiva do ser mais leal, o cão. Ver artigo
Klara e o Sol é o novo romance de Kazuo Ishiguro, autor cuja obra integral é publicada pela Gradiva, premiado com o Nobel em 2017. Este é o oitavo romance de um autor já conhecido por algumas das suas particularidades, como explorar géneros distintos, se bem que com que uma certa propensão para a distopia ou ficção-científica, em cenários muitas vezes irrealistas. A narrativa é contada na primeira pessoa pela perspectiva de Klara, uma AA (não confundir com as pilhas), sigla de Amigo Artificial, desde os seus primeiros dias na montra de uma loja onde espera expectante que uma criança a veja e escolha, pois a função de um AA é ajudar a combater a solidão enquanto acompanhante de jovens adolescentes, num mundo desestruturado (nunca completamente explicado pelo autor) onde poucos adolescentes parecem sobreviver à poluição e ingressar na vida adulta, um mundo competitivo onde só os alunos que tenham beneficiado de «edição genética» (p. 283) podem ser capazes de ingressar numa faculdade e depois ter sociedade. Ver artigo
Luto, do autor guatemalteco Eduardo Halfon, com tradução de J. Teixeira de Aguilar, é uma das fortes apostas da Dom Quixote para este mês de Abril. O romance tem recebido inúmeras distinções, como Prémio do Melhor Livro Estrangeiro (França), Prémio Edward Lewis Wallant e Prémio Internacional do livro latino (E.U.A.), Prémio das Livrarias de Navarra (Espanha). Ver artigo
A Cadela, de Pilar Quintana, com tradução de Pedro Rapoula, é uma das novidades da Dom Quixote neste regresso editorial, e provavelmente um dos grandes livros deste ano. Finalista do National Book Award em 2020, este pequeno grande livro, com cerca de 130 páginas e que se lê de uma assentada em poucas horas, reveste-se de uma linguagem límpida, sóbria. A história é aparentemente simples, quase ingénua, com um toque digno de uma narrativa clássica. Até que a certa altura, quando o leitor se apercebe de que é difícil escrutinar o pensamento da protagonista, cujas camadas mais profundas se pressentem, começa a palpitar o sentido latente e misteriosamente oculto do livro. Ver artigo
Órix e Crex – O Último Homem, de Margaret Atwood, publicado no final do ano passado pela Bertrand Editora, é uma reedição de uma autora há muito aclamada internacionalmente e que tem sido agora reprojectada, após o sucesso de A História de uma Serva. Ver artigo
Robinson Crusoe, obra essencial à formação do romance moderno inglês publicada em 1719 e, possivelmente, o segundo livro mais traduzido em todo o mundo, a seguir à Bíblia, cruza o documentário com a ficção. Daniel Defoe aposta novamente nessa fórmula três anos depois, mais ou menos quando deflagra nova epidemia de peste em Marselha, ao escrever este Diário do Ano da Peste. Tudo aponta para que este narrador na primeira pessoa, que assina o final do livro como H. F. seja um tal de Henry Foe, tio do autor. Defoe procura assim dar a crer que se apoiou num diário deste seu antepassado para narrar esse fatídico ano de 1665, quando a peste grassou em Londres mais de 200 000 vidas. Defoe teria então cerca de 5 anos. Ver artigo
A Escola de Topeka, de Ben Lerner, publicado pela Relógio d’Água no final do ano passado, com tradução de Alda Rodrigues. Considerado como um dos grandes autores contemporâneos, este livro foi finalista do Prémio Pulitzer, vencedor do Los Angeles Times Book Prize e considerado como um dos 10 Melhores Livros do Ano para o New York Times, a revista Time e o Washington Post. Sendo este o seu terceiro romance, Ben Lerner sofre no entanto, entre nós, da desvantagem da sua obra estar traduzida de forma dispersa e talvez por isso quase passar despercebida. O seu romance de estreia Leaving the Atocha Station continua por publicar entre nós. A Teorema publicou 10:04, o seu segundo romance, em 2015, e a Elsinore publicou o ensaio Ódio à Poesia (a poesia é curiosamente ominipresente na obra do autor, na sua prosa poética, bem como nas constantes citações implícitas de poemas). Ver artigo