Enquanto o livro sobrevoa o Atlântico para cá chegar deixo-vos a apresentação de um dos mais recentes lançamentos da Dom Quixote, segundo o texto da própria editora: Ver artigo
O último livro do autor francês nascido na pequena ilha de Reunião, no Índico, reúne seis relatos. Dois são de viagens e os restantes quatro configuram reflexões diversas, mas todos têm em comum a expressão de um sentimento de fin de siècle, mas em relação ao século XX. Ver artigo
A ideia inicial era alternar a leitura destes quatro volumes – na edição da Editorial Presença com a nova tradução directa do russo que mereceu o Grande Prémio de Tradução Literária aos tradutores – com outros livros mais ligeiros e, ainda, proceder ao visionamento da aclamada série da BBC que adaptou Guerra e Paz em 6 episódios. Senti, no início, alguma dificuldade de facto com as personagens, visto que há vários nomes e passamos de uma família para outro, de um salão para outro, e as personagens sucedem-se – fez-me pensar no livro final de Em busca do tempo perdido onde todas as personagens (re)criadas por Proust se encontram e sentimo-nos como uma câmara em movimento num baile, saltando de conversa em conversa. Porque afinal este romance histórico, que aliás se acreditava ser intitulado Guerra e Mundo, também versa sobre a vida em sociedade, num mundo de decoro e de cultura que, no terceiro volume, acaba por ruir. Ver artigo
Stefan Zweig, O Mendel dos livros / A viagem ao passado Ver artigo
Já ando de olho nesta autora há muito tempo e assim que soube da série a estrear em Abril baseada na obra A história de uma serva fui logo comprar. Ver artigo
Kyle Gray é um jovem que, com menos de 30 anos, se tornou num dos mais populares médiuns no Reino Unido e um conferencista internacional de renome. Kyle Gray começou a ter as suas experiências mediúnicas aos 4 anos, quando a avó já falecida começou a manifestar-se e a conversar com ele. Normalmente designado como um médium de anjos, os livros anteriores do autor, também publicados pela Pergaminho, abordam a angeologia: O encantador de anjos, Orações aos anjos, As asas do perdão. Para aqueles que não acreditam em anjos, basta considerar a hipótese de que o espírito daqueles que já partiu pode sempre voltar a manifestar-se junto dos entes queridos que aqui deixou e é livre de assumir as mais variadas formas, como forma de se tornar mais reconhecível mas também para transmitir alguma paz e conforto aos que ficaram em vida. Conforme escreve o próprio autor, os anjos podem também ser designados como guias, entidades que nos acompanham e apoiam, mas sempre respeitando o livre-arbítrio apanágio dos humanos. O livro parece surgir como testemunho escrito que resulta de conferências ou palestras proferidas pelo autor, dado o tom intimista, próximo e coloquial que nos leva desde as primeiras páginas a perceber, de modo a perceber que de forma simples a espiritualidade não é uma ideia vaga ou uma abstracção apenas ao alcance de alguns, mas sim algo que deve nortear a vida de todos nós, uma vez que somos seres espirituais a viver uma experiência física. Ver artigo
Dennis Lehane é um autor norte-americano nascido e criado em Dorchester, Massachusetts. O sucesso dos seus romances, premiados e traduzidos em diversas línguas, transparece ainda no grande ecrã para o qual foram já adaptados romances como Mystic River (realizado por Clint Eastwood e reunindo um grande elenco), Shutter Island (realizado por Martin Scorsese, com Leonardo DiCaprio) e Gone, Baby, Gone (realizado por Ben Affleck e protagonizado pelo irmão Casey Affleck, um dos fortes candidatos ao Óscar deste ano com Manchester by the Sea). Em julho de 2016, a Sextante Editora publicou ainda Moonlight Mile, que retoma a intriga de Gone, Baby, Gone, quando o mesmo detective, doze anos depois, volta a procurar a dolescente Amanda, a criança antes desaparecida que uma vez encontrada foi entregue aos cuidados de uma mãe negligente e alcoólica. Ver artigo
Considerado o romance mais importante deste autor, e lido e relido por Martin Scorsese que o adaptou para cinema (estreou hoje, dia 19 de janeiro, nas salas portuguesas), este é um romance breve e intenso que se lê de um fôlego, com uma escrita ligeira e concisa, onde se traça um retrato da presença cristã, mais especificamente, portuguesa, no Japão do século XVII pela mão e perspectiva de um escritor japonês. Ver artigo
Este foi o romance de estreia da autora em 1995 e publicado entre nós pela antiga Planeta Editora uns anos depois, penso que 1998. Foi escolhido como Livro do Ano da Whitbread e para quem conheceu a autora pelo seu penúltimo romance, Vida após Vida, pode confirmar como a sua voz se destacava já neste primeiro romance como uma voz original, uma escrita finíssima, elegante (que sobrevive a uma tradução mediana e a uma revisão deficiente), e principalmente, a característica que mais aprecio na autora, um forte sentido de humor capaz de arrancar pequenas gargalhadas, muitas vezes através de pequenos à partes que pontuam a narrativa, com temas comuns que perpassam a sua escrita. Apesar de ser descrito como um retrato de família vulgar (e a tradução do título também deixa a desejar mas acaba por se adequar ao livro), a história de Ruby Lennox é tudo menos vulgar. Acompanhamos a sua vida exactamente desde o momento da sua concepção, no preciso instante em que o pai e a mãe a concebem ao som das badaladas da meia-noite, e nas próximas cerca de 370 páginas a autora faz um retrato da vida desta rapariga, que tem diversas irmãs (todas elas acabam por desaparecer), ainda que se demore muito mais na sua infância, passando pela juventude de forma mais breve e quase voando pela sua idade adulta. Logo aqui sentimos uma familiariedade com a narrativa de Vida após Vida, mas mais ainda pela forma como a autora procura sobretudo transmitir, percorrendo várias gerações e várias personagens (convém ir traçando uma árvore genealógica), um sentido de oportunidades perdidas, de chances que desperdiçamos ao longo da vida, ao mesmo tempo que vai deixando perpassar em alguns momentos que há alguns segredos (inerentes a todas as famílias que se prezem) que serão posteriormente desvendados, havendo também direito a um pequeno volteface, e que reforça a ideia das vidas que não se cumprem… Se bem que Alice, a personagem que de facto arriscou e largou tudo em busca de um sonho também não se parece ter dado muito melhor do que as outras. Bunty, a mãe de Ruby, é talvez a figura mais forte de toda a galeria feminina, pela sua frieza e sarcasmo, ao ponto de as próprias filhas temerem e odiarem a mãe que parece sempre incapaz de um único gesto de carinho. Ver artigo
O primeiro romance de Ana Teresa Pereira, publicado em 1989 e vencedor do Prémio Caminho de Literatura Policial – que sugeriu imediatamente a publicação subsequente de As Personagens, livro que também já aqui tenho a meu lado – tem já vários dos temas ou imagens que irão assombrar a sua escrita mas aqui num tom mais negro: o duplo, um lugar solitário e isolado do mundo, a escrita, a profusão de referências literárias e cinematográficas, a própria linguagem fílmica como quando nos é feita a descrição física da personagem apenas no momento em que ela se coloca frente a um espelho a observar-se. Como quem entra num filme de suspense ou num thriller psicológico, vamos percebendo o que significa matar a imagem quando Rita decide casar com David e dessa forma parece matar a sua pessoa, morrendo a pior morte de todas que é a de se tornar a outra metade de alguém, de se tornar uma esposa exemplar, de perder o seu espaço, o seu ser, como quem deixa de ter um “quarto que seja seu” ou, segundo Duras, passe a saber fazer sopa de alho porro, o que significa a diferença entre a vida e o suicídio, e bem que, no reverso da medalha, também seja agradável sentir a nossa identidade imergir no corpo e na personalidade de outrem. Este livro tem a particularidade de referir um topónimo, Lisboa, pela primeira vez nos livros que li da autora, mas depois passamos a um local perdido no tempo e no espaço, apesar de ser inconfudivelmente a Madeira, dada a referência aos túneis que atravessam as montanhas, os calhaus, a poncha, a espetada, na claustrofobia desse espaço místico rodeado de mar e névoa. Ver artigo
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