Leo e o Polvo, de Isabelle Marinov, publicado com chancela da Lilliput, é uma história imaginativa e delicada, com ilustrações de Chris Nixon, sobre um menino autista. Ver artigo
Leo e o Polvo, de Isabelle Marinov, publicado com chancela da Lilliput, é uma história imaginativa e delicada, com ilustrações de Chris Nixon, sobre um menino autista. Ver artigo
Fundação, de Isaac Asimov, é o primeiro livro da trilogia Fundação, relançado pela Saída de Emergência, que em boa hora retomou aquela que foi em tempos eleita a melhor série de ficção científica de todos os tempos, de um dos maiores autores do género. Publicados entre 2019 e 2020, esta trilogia merece ser agora revisitada a propósito da transmissão da série Fundação dentro de semanas, pela Apple Tv, no que aparenta ser uma megaprodução; a par de outras grandes séries que se aproximam e de que falarei a seu tempo. Ver artigo
O Rochedo de Tanios, de Amin Maalouf, publicado pela Marcador, leva-nos ao século XIX, a um Líbano dividido pelo confronto entre o Egipto e o Império Otomano. Ver artigo
A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig, publicado pela TopSeller, tem arrecadado os mais diversos prémios e elogios: Prémio Goodreads para Melhor Livro de Ficção; Finalista dos British Book Awards para Melhor Livro de Ficção; e bestseller do New York Times, do Sunday Times e da Amazon. Ver artigo
Um Tempo a Fingir, terceiro romance de João Pinto Coelho, publicado pela Dom Quixote em Outubro de 2020, finalista do Prémio da União Europeia para a Literatura 2021, recentemente anunciado como semi-finalista do Prémio Oceanos, é um regresso do autor à Segunda Guerra. Da Polónia do seu anterior romance, Os Loucos da Rua Mazur (Prémio Leya 2017), passamos agora à Toscana em 1937, ao burgo de Pitigliano que assenta, como um ninho de águia, no cume de um rochedo. Annina Bemporad, protagonista e narradora, assina estas memórias escritas na primeira pessoa, pontualmente rectificadas pelo irmão Ulisse, em que nos conta a sua vida desde que se despediu da infância, quando acorda a meio da noite com o estampido de um tiro e descobre que o pai se suicidou, ao mesmo tempo que o seu próprio corpo começa a sangrar: chegou-lhe pela primeira vez o período. O despir da infância implica ainda que Annina trabalhe como costureira, como forma de garantir sustento para a sua família. Annina é uma judia ambiciosa e bonita, cujo corpo será cada vez mais cobiçado com o passar dos anos, e eventualmente aprende que o pode usar como moeda de troca – é esse mesmo corpo que a poderá salvar numa Itália que se começa a ressentir da ascensão de Mussolini, manietado por Hitler. Pitigliano, historicamente conhecido como a Pequena Jerusalém, pois acolheu, durante séculos, uma importante comunidade judaica, não deixou ainda assim de sentir as convulsões anti-semitas, como quando as Leis Raciais anunciam a chegada dos nazis a território italiano, e levam à expulsão de Annina e dos colegas judeus da sala de aula. Ver artigo
O Espelho e a Luz, de Hilary Mantel, encerra a trilogia que iniciou com Wolf Hall e O Livro Negro. Tendo lido os primeiros dois livros da série logo quando foram publicados pela Editora Civilização (em 2010 e em 2013, respectivamente), assim que soube que a Editorial Presença não só se preparava para lançar o último volume, assim como os outros livros da série com uma nova tradução, sabia que teria de (re)ler a trilogia de uma assentada. Não me arrependi, embora esta empreitada me tenha levado mais tempo do que o previsto, até porque o último volume tem quase 900 páginas de letra miudinha. (alerto para o facto de poder haver um pequeno spoiler no texto) Ver artigo
A minha história é a história de muitas raparigas representa o primeiro título da coleção Akiparla, A Força da Palavra, e apresenta-nos o discurso de Malala Yousafzai no dia 10 de Dezembro de 2014, que, aos dezassete anos, foi a pessoa mais jovem de sempre a ser galardoada com o Prémio Nobel da Paz; prémio partilhado com Kailash Satyarthi, activista indiano reconhecido pela sua luta em prol dos direitos das crianças e contra a exploração infantil. Ao receber o prémio, Malala continua sob ameaça de morte pelos talibãs e a recuperar das várias operações que lhe salvaram a vida. Ver artigo
Um Adeus Mais-Que-Perfeito, de Peter Handke, autor que tem vindo a ser publicado pela Relógio d’Água (ainda antes da atribuição do Nobel de Literatura em 2019), narra-nos o que sabe, ou julga saber, sobre a vida e a morte da mãe. Rotulado como «Um conto», este pequeno livro é uma leitura essencial para nos adentrarmos na obra de um autor controverso. Este é, possivelmente, o trabalho mais pessoal do autor, em torno de um tema nada fácil, como se pode perceber logo nas primeiras linhas, quando sabemos que a mãe se suicidou aos 51 anos com uma overdose de barbitúricos. Ver artigo
Verão, de Ali Smith, encerra o ciclo das quatro estações que tem vindo a ser publicado pela Elsinore, um projecto da autora britânica que pretendia retratar a escuridão destes dias. Numa prosa experimentalista e lírica, a autora tece uma análise dos temas mais prementes destes últimos anos: a Austrália em chamas e as alterações climáticas; o governo baseado em inverdades de Boris Johnson (que se finge de ébrio e faz-se passar por rapaz); o Brexit; a detenção de refugiados; a pandemia. A condizer com o título, e apesar das nuvens que parecem encastelar-se no horizonte, a narrativa é conferida um matiz luminoso, um tom esperançoso, filtrado pela óptica de dois jovens irmãos brilhantes, Sacha (que idolatra a Greta Thunberg) e Robert Greenlaw (que adora Einstein), capazes de perceber a diferença entre as máscaras de algodão que agora se usam e as «máscaras reais» que «cobrem o rosto dos mentirosos dos planetas» (p. 45), verdadeiros «génios da manipulação» (p. 55). Ver artigo
Primavera, de Ali Smith, é o terceiro volume do ciclo das quatro estações que tem vindo a ser publicado pela Elsinore. Numa prosa experimentalista e lírica, cristalina e actual, a autora tece uma análise dos temas mais prementes destes últimos anos. Este é também o livro mais negro dos quatro, a começar pelo modo como, a páginas tantas, o leitor se aperceberá que uma das personagens se procura matar. Ver artigo