A revista Granta em Língua Portuguesa, publicada pelas Edições Tinta-da-china, chega ao número 12, com o justíssimo título «Quente», até porque este volume foi lançado agora em Agosto. Ainda não terminámos este Verão, mas consta que 2023 foi o ano mais quente da História. Este mais recente número da revista literária dirigida por Pedro Mexia e Gustavo Pacheco reúne textos de autores de língua portuguesa, convidados a escrever textos originais, como Beatriz Batarda, Claudia Clemente, Breno Kümmel, assim como José Carlos Barros (com um conto sobre o desespero no isolamento rural do sul de um país, onde a paisagem abandonada se parece apenas transformar em pasto de incêndio – enquanto outros incêndios, amorosos e virais, nos queimam por dentro), João Sousa Cardoso (com um ensaio sobre a febre dos turistas aos museus ardidos cujas colecções ainda assim sobrevivem ao fogo, nesta nova era de registos virtuais), Natalia Borges Polesso, Waldson Sousa e Gustavo Pacheco – que com esta edição encerra os seus 5 anos de colaboração. Ver artigo
Flicts, de Ziraldo, é o volume inaugural da colecção Pererê, publicada pelas Edições Tinta-da-china. Ver artigo
Alimentação, Natureza e Paisagem: Plantas Silvestres Alimentares, Aromáticas e Medicinais, coordenado por Maria Manuel Valagão, foi publicado pelas Edições Tinta-da-china. Este belíssimo álbum de grande formato, com texto de Maria Manuel Valagão, Maria Elvira Ferreira e José António Passarinho, ilustrado pelas fotografias de Vasco Célio, de certa forma integra um catálogo, formado pelas obras Algarve Mediterrânico. Tradição, Produtos e Cozinhas (2015) e Vidas e Vozes do Mar e do Peixe (2018). Ver artigo
Yoga, de Emmanuel Carrère, com tradução de Sandra Silva, publicado pela Quetzal, contém uma advertência inicial: este não é um manual prático de yoga, nem um livro de autoajuda bem-intencionado. A estranha natureza deste livro, cujos temas são particularmente difíceis, fica clara logo nas primeiras linhas: “Como tenho de começar por algum lado o relato dos quatro anos ao longo dos quais tentei escrever um livrinho sorridente e subtil sobre yoga, enfrentei coisas tão pouco sorridentes e subtis como o terrorismo jiadista e a crise dos refugiados, mergulhei numa tal depressão melancólica que tive de ficar internado quatro meses no hospital (…) e, para rematar, perdi o meu editor, que pela primeira vez em trinta e cinco anos não lerá um livro meu” (p. 11). Ver artigo
Um Diário de Leituras – Treze Livros para Treze Meses, de Alberto Manguel, é o mais recente livro do autor cuja obra tem vindo a ser publicada pelas Edições Tinta-da-china. Esta edição, traduzida para português por Rita Almeida Simões, inclui um capítulo exclusivo (dedicado à literatura portuguesa, aqui representada por Viagens na Minha Terra) escrito pelo autor a partir de Lisboa: “Uma vez que, agora, o meu país é Portugal, acrescentei um capítulo correspondente à minha experiência de leitura em Setembro de 2021.” (p. 13) Ver artigo
O Reino, de Emmanuel Carrère, publicado pelas Edições Tinta-da-china, «conta a história dos primórdios do cristianismo e de como dois homens, Paulo de Tarso e Lucas, transformaram uma pequena seita de judeus, liderados pelo seu pregador crucificado»; religião essa que em três séculos provocou a queda do Império Romano e conquistou o mundo. É um livro portentoso, com mais de 400 páginas, em que nas primeiras 100 páginas o autor nos faz um relato de como 25 anos antes passou por uma profunda crise existencial, tornando-se um católico praticante, cristão fervoroso, com quem 3 anos depois deixou de se identificar. Assumindo-se agora como um céptico, agnóstico, «nem suficientemente religioso para ser ateu» (p. 103), o autor revisita o seu arquivo, como é o caso de 18 cadernos em que comentava diariamente passagens do Evangelho de S. João. Na terceira parte do livro, o autor mergulha então no relato das vidas do apóstolo e do evangelista, sempre baseado na leitura da Bíblia, das cartas de S. Paulo, e vários outros textos religiosos. Porque ao autor interessa esmiuçar a verdade, tentando compreender o que está por trás de testemunhos nem sempre claros e de passagens insuficientes, O Reino é uma narrativa extremamente pessoal (o autor despe realmente a alma), e uma reconstrução histórica do Cristianismo nos seus primórdios, tacteando cuidadosamente entre o «certo, provável, possível e não impossível» (p. 331), demonstrando-nos como a religião não nasceu com a vinda do Messias – na verdade, quase nem deram por ele na altura –, mas com discípulos de carne e osso: Paulo de Tarso é um caso paradigmático, pois não chegou a conhecer o Cristo em vida. A perspectiva crítica de um conhecedor não crente do Evangelho– «passei dois anos da minha vida a comentar João, dois a traduzir Marcos, sete a escrever este livro sobre Lucas» (p. 413) –, dá-lhe espaço para colocar em causa aspectos de uma religião baseada numa inversão radical de valores (os ricos serão os pobres, os últimos serão os primeiros), cujos princípios se parecem ter perdido com o tempo: «A Igreja já não domina os assuntos; cumpriu obviamente o seu tempo e é difícil dizer se a sua idade avançada, da qual somos testemunhas bastante indiferentes, tende sobretudo para a senilidade agressiva ou para a sabedoria luminosa que lhe desejamos, pelo menos eu desejo, quando pensamos na nossa própria velhice.» (p. 419) Ver artigo
Marrom e Amarelo, de Paulo Scott, publicado pelas Edições Tinta-da-china, conta a história da discriminação racial no Brasil através da história de dois irmãos. Como se pode ler no próprio romance: «Nenhuma boa história é leve, Federico, Nenhuma boa história deixa de fora o que é denso, o que é pesado, observa.» (p. 152) Ver artigo
Eliete, com o subtítulo A Vida Normal, é o primeiro volume de uma Madame Bovary dos dias de hoje, cujas oportunidades de traição se multiplicam conforme o número crescentes de redes e aplicações sociais, publicado em 2018 pelas Edições tinta-da-china e ainda a aguardar sequela. Eliete, apesar desta sua vida normal, talvez demasiado normal e convencional, sente-se uma estrangeira na sua família, uma estranha dentro da sua própria vida, a condizer com o seu nome próprio de sonoridade estranha – Dulce Maria Cardoso referiu em entrevistas que quase se chamou Eliete… Esse desejo de mudança está patente desde o início, ainda mais numa narrativa que discorre na 1.ª pessoa, numa prosa torrentosa que leva o leitor de enxurrada, seguindo o fluxo de consciência da protagonista: «a culpa era sempre das raparigas desde a maçã que a Eva deu ao Adão e ponto final. Ia poder acontecer-me tudo, mas no tudo que me calhava eu saberia escolher ser diferente da mamã, da mamã e da avó, saberia escolher ser quem eu gostasse de ser.» (p. 23)
Ao longo dos primeiros capítulos vamos conhecendo Eliete, onde episódios da sua vida de criança e adolescente intercalam com o presente que se distende entre a súbita demência da avó paterna e a sua relação difícil com a «mamã». A relação entre a avó e a mãe também é tensa, sendo que parece estar latente um segredo familiar de que Eliete não dá conta – e tal é a mestria narrativa da autora que apesar de a narradora e protagonista não se darem conta, o leitor pode pressentir que sob a pele da narrativa se esconde algo negro que há-de vir à luz quando menos se espera, talvez somente no próximo volume. Ou talvez estejamos apenas a treler…
Pode-se considerar que o livro se divide em duas partes, sendo que a última parte parece corresponder a um terço do livro, a partir do capítulo (não numerado) que inicia na página 165. Essa última parte, e que será certamente mais explorada no volume seguinte, corresponde à emancipação não propriamente de Eliete (que continuará num casamento sem chama) mas pelo menos das suas pulsões e desejos até então reprimidos, até porque Eliete sabe «que não se devia pensar como se se estivesse dentro de uma fotonovela. Muito menos viver.» (p. 152) O episódio que parece desencadear essa tensão sexual por resolver foi quando «num verão de muitos incêndios» Eliete vislumbra pela primeira vez os rapazes da Torre: «Vi-os chegarem de bicicleta, em tronco nu, uns deuses a fazerem acrobacias, a pele tisnada pelo sol, os cabelos compridos, os corpos musculados, as bermudas esfiapadas, os ténis sujos.» (p. 51)
Depois de viver «os últimos vinte anos perdida de mim» (p. 64), Eliete encontra escape nas redes sociais, que é onde, aliás, parece decorrer a vida dos seus familiares, do marido Jorge, das filhas Márcia e Inês. E esse é um dos aspectos mais cativantes deste romance, a forma como a autora cruza uma crónica dos tempos de hoje com uma profunda crítica social ao Portugal pós-revolução, onde tudo é revisto, desde Salazar – e é assim que arranca o romance, com a bombástica frase «Eu sou eu e o Salazar que se foda.» (p. 11) – ao apogeu da Expo até culminar no futuro da crise. Transcrevemos parte de uma das mais fantásticas passagens do romance, eivada de um revisionismo paródico e satírico ao Portugal das últimas décadas: «nós, os nascidos depois da revolução dos cravos, éramos uns mimados que crescêramos sem saber o que era a miséria, a Guerra Colonial, o Muro de Berlim, éramos uns ingratos que nos esquecíamos de agradecer as conquistas das gerações antecessoras, andávamos em carros novos nas autoestradas acabadinhas de fazer, e mesmo assim queixávamo-nos de tudo, nunca uma geração tivera tanto, e nós, os mimados, a geração subsidiada pelos fundos comunitários, a queixarmo-nos de tudo enquanto nos endividávamos para comprar aparadores grandes demais, a Expo inaugurava dali a dias e esperavam-se quinze milhões de visitantes, dávamos outra vez mundos ao mundo, o quinto império estava novamente a chegar, nós, os mimados, tivemos autoestradas, a Expo, o Euro 2204, crédito para comprar casas, carros (…), tivemos tudo até ter chegado o futuro que fechou a loja de móveis, Banqueiros assassinos, Fuck the crise, escreveu alguém a spray vermelho nos estores corridos da loja» (p. 201).
Publicado pelas Edições Tinta-da-china, à semelhança de outras obras do autor, que têm vindo a ser traduzidas a um ritmo regular, como A Biblioteca à Noite ou Embalando a Minha Biblioteca, este livro é também uma proposta de glossário, à semelhança do belíssimo Dicionário de Lugares Imaginários. O autor reconhece que há personagens, esses fantasmas de papel e tinta, que sobrevivem aos autores e ganham uma vida exterior aos livros que os viram nascer: «Os leitores do mundo veneram escritores como Shakespeare e Cervantes, mas esses seres, imortalizados em retratos imaginários e solenes, são menos tangíveis que as suas criaturas mortais.» (p. 11)
Estes monstros fabulosos que assombram a vida de um leitor – e mais do que um erudito, um ex-director da Biblioteca Nacional da Argentina, um escritor, um dos maiores bibliófilos do mundo (a par de Umberto Eco), é como leitor que Alberto Manguel se identifica – não são todos eles criaturas temíveis, mas sim seres fantásticos em que nos revemos, que nos inspiram as mais diversas qualidades quando a vida nos falha, figuras que norteiam aqueles que se atrevem a manter vivo o sonho: «Ao contrário dos seus leitores, que envelhecem e nunca voltam a ser jovens, as personagens ficcionais são, ao mesmo tempo, quem eram quando lemos as suas histórias pela primeira vez e quem se tornaram no decurso das nossas sucessivas leituras.» (p. 13)
A magia que advém das mais variadas personagens que o autor aqui revisita (Drácula, Alice, Super-Homem e Outros Amigos Literários como o subtítulo do livro sugere, onde não falta inclusivamente o Mandarim de Eça de Queirós) permite ainda o regresso ao nosso eu da infância ou da juventude de quando conhecemos estas personagens e as incorporámos.
Jaume Cabré, um dos mais premiados escritores europeus da actualidade, nascido em Barcelona em 1947, autor de guiões cinematográficos e televisivos, declara numa nota final ao livro que por vezes no meio da escrita de um romance escreve um conto, «como quem para descansar atraca numa ilha desconhecida» (p. 243), impelido pelo projecto narrativo em curso ou justamente para dele se afastar, como quem procura nova perspectiva. Os 13 contos são relativamente breves, à excepção de «Os homens não choram» e «Ponto de Fuga». Não sei se é por isso mesmo que é com este conto que abre o livro, mas «Os homens não choram» é uma das histórias a destacar. É essa verdade universal que o pai profere ao seu filho quando o deixa num orfanato, poucos dias depois de a sua mãe se ter suicidado, prometendo que o visitará no domingo. Mas o pai nunca vem. E o protagonista desta narrativa opressiva e desesperançada, um rapaz sem nome, terá de aprender a conviver com os outros jovens, cada um com as suas taras e problemas, enquanto tem de evitar o Henricus, que gosta de os tocar e apalpar, a frieza distante das freiras que vogam como pássaros. E este rapaz sem nome, apenas conhecido como «Tu» vive de tal forma imerso na penumbra que congemina, como salvação, o plano de matar Henricus com outros 3 amigos, para que não acabe por ser sodomizado como aconteceu com Tomàs. A narrativa oscila entre um eu e um ele, como se Tu se tivesse dissociado em dois, como estratégia de sobrevivência à vida no orfanato até ao dia em que atinge a maioridade e sai. Apenas para se deixar enredar numa nova prisão, quando assolado por um desejo de vingança Tu acaba por matar. Apenas para voltar a matar.
No último conto do livro, «O Ebro», acontece o inverso. Numa viagem de carro, dá-se um diálogo desencontrado entre pai e filho, ao longo de 11 páginas. Enquanto o filho interpela e conversa directamente com o pai, procurando atender às suas necessidades imediatas, como urinar, mantê-lo confortável, comprar-lhe os croissants de que gosta pois sabe que o pai é guloso, mostrando-se sempre solícito e paciente, o pai discorre num discurso ininterrupto que evidencia claramente que está preso aos acontecimentos que viveu na batalha do Ebro (deduzimos nós pelo título do conto) que recorda de forma tão vívida que teme o aparecimento do Sargento Mayo para lhe dar um tiro, apesar de ele ter morrido à sua frente nas margens do Ebro, possivelmente às suas mãos. Cedo compreenderemos que, a fechar o livro, temos agora um filho a deixar o pai num lar. Embora o pai não chegue a viver um dia nessa nova casa, pois morre às mãos do monstro do Paraíso, o mesmo pedófilo que assassinou 5 crianças no conto «Paraíso», pois foi ele o juiz que condenara o criminoso a prisão perpétua: «Naquele momento, não teve discernimento suficiente para se perguntar por que motivo as histórias da vida acabam sempre com a morte, como se não houvesse mais nenhum final possível para todas as coisas.» (p. 242)
Todas as restantes histórias são igualmente atravessadas pela temática da morte, mas sempre de forma violenta. Praticada como vingança, ou como um negócio, no caso de assassinos a soldo, ou ainda como acto de criação, como é o caso do protagonista de «As mãos de Mauk» que leva mais longe o acto de criar e aniquilar as personagens das suas histórias: «se ele era o deus que governava as personagens que criava, porque não podia ser o deus das pessoas que o cercavam? Quando escreveu a história do jardim zoológico, não decidiu só porque sim que Irene devia morrer? Decidiu-o porque sim, não por uma qualquer razão narrativa. Escreveu aquilo e Irene palmou, sem sequer ter o direito de reclamar, porque eu sou Deus.» (p. 210)
Escreve o autor, voltando ao epílogo, que nesta colectânea, publicada pela Tinta-da-china, há contos resgatados à gaveta, outros já publicados em antologias, mas há ainda uns quantos que nasceram quando trabalhava na actual compilação: «A dinâmica do livro em construção desperta em mim o desejo de contar novas histórias que, sem grandes melindres, se colocam lado a lado com outras narrativas que esperavam há anos pela oportunidade de enfiarem o nariz de fora.» (p. 245) Parece ser esse o caso destas histórias que ressaltam e quase se impõem como narrativas autónomas numa galeria de personagens «sem redenção possível nem lugar no paraíso». Contudo esse paraíso parece ser vislumbrado em alguns dos contos, a começar por «Claudi» onde um homem entra num quadro como quem muda para outra dimensão – quadro esse que volta a surgir em «Nunc dimittis» e depois em «Ponto de Fuga» –, onde o tempo se esvanece, não há sentimentos nem obrigações, e se vive uma imensa liberdade, caminhando rumo ao sol nascente pela mão de uma camponesa.
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