Palavras Sublinhadas -
Home
Literatura Portuguesa
Literatura Lusófona
Literatura Estrangeira
Crítica
Espiritualidade
  • Home
  • Literatura Portuguesa
  • Literatura Lusófona
  • Literatura Estrangeira
  • Crítica
  • Espiritualidade
Palavras Sublinhadas -
Literatura Estrangeira

Requiem por um Sonho, de Hubert Selby Jr.

Hubert Selby Jr. viveu entre 1928 e 2004 e nasceu em Brooklyn, cenário do seu romance Última Saída para Brooklyn, também publicado pela Antígona em 2006, que se tornou um livro de culto e instituiu o autor como um ícone da contracultura.
Passado no Bronx nos anos 70, Requiem por um Sonho, obra publicada pela Antígona, é uma descida aos infernos do vício e da mente. Harry, Tirone, Marion e Sara são as quatro personagens entre as quais a narrativa oscila, dando conta num registo torrentoso em que os diálogos e a corrente de consciência das personagens se enovela. No início da narrativa todas as personagens possuem um sonho: Harry e Tirone procuram dinheiro fácil, Marion gostaria de abrir um café-teatro e ter fama como artista, enquanto Sara sonha aparecer na televisão. Sara, a mãe de Harry, é a única personagem que não é viciada em heroína, mas depois de passar os dias inteiros agarrada à televisão, tornando-se perita em deitar um olho sobre aquilo que vai fazendo enquanto o outro olho absorve as imagens em technicolor, muitas vezes de anúncios publicitários, deixa-se levar pelo engano de vir a ser convidada a participar num concurso televisivo, o que a leva a querer emagrecer e a ficar involuntária e ingenuamente viciada em anfetaminas. Seja pela heroína, pela televisão, pela publicidade que tudo promete, pelos comprimidos coloridos que se engolem sem culpa, gradualmente, estes sonhos perdem-se e são destruídos por uma necessidade instintiva de encontrar a próxima dose de esperança através da droga que lhes corre nas veias.
O narrador procura ocultar-se por trás das suas personagens, sem tecer juízos de valor, enquanto constrói este seu quadro dantesco de uma «avassaladora viagem ao lado negro do sonho americano e ao universo junkie».
Leitura densa, pesada, que não deve ser feita de ânimo leve, numa espiral descendente de destruição e aniquilamento de qualquer esperança de sonho, este romance foi adaptado ao cinema em 2000 pelo premiado realizador Darren Aronofsky. Ver artigo

Outubro 11, 2017by Paulo Nóbrega Serra
FacebookTwitterPinterestGoogle +Stumbleupon

Subscrição

Artigos recentes

  • A Devastação do Silêncio, de João Reis (Elsinore)
  • Instantâneos, de Claudio Magris (Quetzal)
  • Os Memoráveis, de Lídia Jorge integra Colecção Essencial Livros RTP
  • 1640, de Deana Barroqueiro (casa das letras)
  • Na praia de Chesil, de Ian McEwan (Gradiva)

Categorias

  • Crítica
  • Espiritualidade
  • Literatura Estrangeira
  • Literatura Lusófona
  • Literatura Portuguesa
  • Não ficção
  • Sem categoria

Arquivo

  • Abril 2018
  • Março 2018
  • Fevereiro 2018
  • Janeiro 2018
  • Dezembro 2017
  • Novembro 2017
  • Outubro 2017
  • Setembro 2017
  • Agosto 2017
  • Julho 2017
  • Junho 2017
  • Maio 2017
  • Abril 2017
  • Março 2017
  • Fevereiro 2017
  • Janeiro 2017
  • Dezembro 2016
  • Novembro 2016
  • Outubro 2016

Etiquetas

Agustina Bessa-Luís Alfaguara A Lição de Anatomia Ana Teresa Pereira ASA Carlos Ruiz Zafón casa das Letras Choriro Colm Tóibín Daphne Du Maurier David Machado Dom Quixote Editorial Presença Elsinore Gabriel García Márquez Gradiva Guerra & Paz Haruki Murakami Hélia Correia Ian McEwan Isabel Allende Joanne Harris John Williams José Eduardo Agualusa João de Melo Juliet Marillier Kate Atkinson Kazuo Ishiguro Leya Lídia Jorge Margaret Atwood Meg Wolitzer Michael Cunningham Nuno Júdice Patrícia Reis Planeta Por este mundo acima Porto Editora Quetzal Relógio d'Água Rui Cardoso Martins Salman Rushdie Temas e Debates Umberto Eco Ungulani Ba Ka Khosa

 

© 2015 copyright PREMIUMCODING // All rights reserved // Privacy Policy
Brixton was made with love by Premiumcoding