Only Murders in the Building estreia a sua terceira temporada, agora com estrelas maiores como Meryl Streep ou Paul Rudd (Ant-Man). E esta série que alia comédia com mistério continua revigorante e divertida como sempre.
Martin Short interpreta um produtor, mais velho, enquanto Steve Martin é uma antiga estrela de uma série televisiva policial com mais de 20 episódios de que já ninguém se lembra – só mesmo ele… Entretanto, a propósito de um crime ocorrido no edifício luxuoso onde vivem, pelo que travam uma amizade improvável com a jovem e melancólica Selena Gomez, detentora de um humor negro mordaz (e note-se que esta menina pop consegue na verdade uma belíssima interpretação). O trio tem em comum serem fãs de podcasts em torno de crimes misteriosos, pelo que decidem criar o seu próprio podcast (apesar das trapaças de Tina Fey, como sempre deliciosa) sobre o crime ocorrido no prédio onde vivem.
Os despiques entre os três são constantes, assim como as piadas acerca do mundo da sétima arte, que muitas vezes requerem explicação para a mais descontextualizada Selena. Também por isto, a série consegue na verdade chegar a diferentes públicos de distintas faixas etárias.
No início da terceira temporada, como não podia deixar de ser, ocorre uma morte logo nos primeiros minutos, justamente na noite de estreia de uma peça da Broadway.
Também logo nos primeiros minutos da série destaque-se o sobejamente conhecido talento de Meryl Streep, que agora se junta ao elenco desta mirabolante série, capaz de genuinamente nos arrancar gargalhadas. Este primeiro episódio da nova temporada começa com Streep num casting, ou seja, interpreta uma actriz (mais velha), que se poderia mesmo considerar como estando em final de carreira, que subitamente é descoberta pela forma como lê a sua personagem nos testes. Contudo, e apesar de a sua personagem ter muito poucas falas, nos ensaios da leitura da peça o produtor que achava ter descoberto uma mina rapidamente começa a temer ter-se enganado seriamente. Entretanto, nós, espectadores, deliciamo-nos com a forma como Meryl, em milésimos de segundo, nos revela tudo simplesmente pelas suas expressões faciais. Num programa já de si cheio de twists e revelações surpreendentes, é quase certo que ela oculta um grande mistério. E sim, sou fã inveterado desta senhora.
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