Este é o último romance da autora publicado agora em Setembro, penso que já está à venda, pois recebi-o um pouco antes do lançamento. Ver artigo
Este é o último romance da autora publicado agora em Setembro, penso que já está à venda, pois recebi-o um pouco antes do lançamento. Ver artigo
Depois de ter lido o divertido Quem me dera ser onda, que foi aliás agora reeditado em Portugal, sobre os dois meninos que tentam proteger o porco que vive na varanda de um deles de uma matança, tratando-o como a um animal de estimação – é outro livrinho rápido deste autor angolano mas de leitura prazenteira, onde se parece retratar cerca de 500 anos de Angola, como um país ainda perdido e confuso na busca de uma identidade. O livro foi publicado em 1980 e descobri-o por acaso pelo que tive de o ler imediatamente, até porque não é fácil encontrar obras deste senhor. É um livro estranho, que tenta incorrer no fantástico mas mais parece resultar em crítica ou sátira do país. No entanto, não deixa de ter passagens divertidas como esta: Ver artigo
O último comboio para a Zona Verde – Do coração de África até Angola, O meu último safari, de Paul Theroux Ver artigo
Outro livro do autor de Memórias de um espírito que nos leva de regresso à sua ilha, de onde aliás saiu aos 18 anos – conta agora com 70 – e apenas regressou à Boa Vista em 2005. Esse saudosismo está aliás bem patente neste livro cuja estrutura por vezes circular se desenrola como um rosário de memórias, de forma contínua e ininterrupta, sem capítulos ou qualquer divisão entre o texto que abrange cerca de 300 páginas de rememorações a que por vezes se regressa com alguma insistência.
O narrador está lá mas esconde-se por detrás de uma galeria de personagens que são consideradas família, mesmo quando não há qualquer laço de sangue. Apenas duas ou três vezes percebemos que o narrador é acusado de preguiçoso, sempre perdido nos livros e na escrita, o que corrobora a ideia de este livro como uma elegia do eterno retorno ao que se deixou e a que o próprio autor diz ter medo de tentar reencontrar, pois compreende que o passado é algo que não se recupera nem se revive.
Acompanhamos assim uma descrição exaustiva da ilha, ou do que a ilha era durante a infância do narrador, onde a sua história se desdobra mediante várias estórias de diversas personagens, com laivos do humor característico de outras obras do autor, em que um mosaico de superstições, religião, crendice, gastronomia, hábitos e costumes, actividades, é desfiado de forma ligeira e envolvente, como uma história contada por um avô à volta da fogueira, sobre fantasmas que rondam uma acácia e emigrantes que partiram para a terra das oportunidades que nunca deixaram a terra mas a ela nunca regressam, isto é, a verdadeira definição do que é ser insular… saudoso… lusófono… português… Ver artigo
Narrado por uma osga, sujeita agora a essa “condição” mas que ainda relembra a sua vida anterior – pelo que parece haver um exercício de metempsicose qualquer ou simples reencarnação – o livro centra-se na personagem de Félix, um vendedor de passados albino, alguém que traça genealogias e toda uma história falsa, em suma, para justificar a ambição do sangue novo que grassa em Angola em que toda uma classe parece ter emergido após a guerra e quer ver as suas origens dignificadas ou mitificadas de alguma forma. Até que Félix aceita um trabalho diferente do normal, em que um indivíduo quer todo um passado inventado, o que só pode mostrar que ou não tem história ou tem história demais e quer fugir do que não consegue deixar para trás. No fim interligam-se várias histórias com um volteface surpreendente e que revela a história de um país que ainda tem muitas cicatrizes por lamber. Dos livros que li de Agualusa fica-me sempre a sensação, no entanto, que há algo forçado na forma como tenta encaixar as peças do puzzle, ao querer interligar histórias distintas. A preparar-me para ver o filme a seguir. Ver artigo
Este livro custou-me imenso a ler. Não percebo, sinceramente, qual o seu valor literário mas pelos vistos teve sumo suficiente para dar origem a um filme que está a ser badalado e ainda não terei oportunidade de ver. Ver artigo
Ian McEwan é um dos grandes autores ingleses da actualidade. De entre a sua obra podemos destacar livros como A Criança no Tempo (Whitbread Award 1987) ou Amesterdão (Booker Prize 1998). É ainda autor de um libreto de ópera e de vários argumentos para cinema (como o do recente filme O Jogo da Imitação). As obras O Inocente, Estranha Sedução, O Fardo do Amor e Expiação foram adaptadas ao cinema. Ver artigo
Quase parece trivial escrever sobre esta autora, tão conhecida se tornou… Isabel Allende exilou-se nos Estados Unidos da América, dois anos após o golpe militar de Pinochet no Chile, visto encontrar-se numa situação delicada por ser uma jornalista mais ou menos popular e sobrinha de Salvador Allende, o presidente chileno assassinado, bem como enteada do embaixador da Argentina. Quando veio a saber que o avô estava a morrer no Chile começou a escrever-lhe uma carta que se tornou infindável e deu origem a esse fabuloso romance, A Casa dos Espíritos, um êxito editorial um pouco por todo o mundo, depois adaptado ao cinema, tendo sido inclusivamente filmado em Portugal. Isabel Allende referiu em entrevista que, apesar da sua escrita ser enquadrada no realismo mágico, usa sempre o real para escrever. Ao lermos o seu romance Paula, que é próximo do registo diarístico e teve como ponto de partida a situação traumática da doença da sua filha, que entrou depois em coma até que acabou por morrer, podemos realmente constatar como a história da família que Isabel escreve à cabeceira da filha – para que ao acordar ela não se sinta tão perdida – tem diversos pontos em comum com o que nos é narrado em A Casa dos Espíritos e que, aparentemente, parecia ser puramente fantástico. Ver artigo
Quando li dois livros na passada semana, a marcar o início oficial das férias, lembrei-me, devido aos titulos em questão, daquelas pessoas que têm o hábito detestável de forrar os seus livros nos transportes públicos. Mas, paradoxalmente, dei por mim a compreender melhor essa atitude de ocultação pois, a marcar o início da minha época balnear, composta de leituras adiadas há um ano, li de enfiada dois livros e ambos com um certo prazer culpado, que quase me fez lê-los apenas às escondidas. Quase decidi escrever aqui sobre o primeiro dos dois, que foi, inevitavelmente, o Inferno, de Dan Brown, pois mesmo que seja para criticar pela negativa não posso evitar a leitura. Sobre esse senhor talvez fale mais à frente no tempo, mas interessa-me agora escrever sobre – e porque afinal estamos em época de praia e de coisas mais light, nomeadamente leituras leves também – esse outro romance, que me prendeu logo nas primeiras linhas: O Aroma das Especiarias, último romance de Joanne Harris. Ver artigo
Marion Zimmer Bradley nasceu em Albany, no estado de Nova Iorque, a 3 de junho de 1930. Começou a escrever ainda em adolescente como forma de subsistir economicamente. Fundou uma revista para amadores de ficção científica aos dezassete anos de idade. Em 1949 casou com Robert Alden Bradley e apresentou uma história a um concurso da revista de ficção científica Fantastic/Amazing Stories, o que constituiu a sua primeira venda. Em 1952, passou a escrever profissionalmente para várias revistas e, depois de 1958, obteve algum reconhecimento ao publicar o primeiro romance da série Darkover. A série, que viria a totalizar vinte volumes, conta a história de um planeta descoberto nos finais do século XXI e colonizado pelos habitantes da Terra. Nesse cenário cruza-se um ambiente medievalizante, com torres, castelos, nobres e falcoeiros, em simultâneo com poderes telepáticos e naves espaciais. Ver artigo