Quando as Montanhas Cantam, da autora vietnamita Nguyen Phan Qué Mai, publicado pela Alma dos Livros, com tradução de Carla Ribeiro, é um daqueles romances de leitura fluída, de prosa lírica, sem gorduras ou excessos, que é difícil pousar. Entra também na categoria daqueles poderosos romances históricos que atravessam a história de um país, ao longo de várias gerações, e contado por uma voz feminina. Esta leitura remete-nos por exemplo para Terra Abençoada, de Pearl S. Buck, ou Cisnes Selvagens, de Jung Chang. Um livro que entra assim num grupo de leituras que constituem também uma mensagem (utópica? ou praticável?) em parte intertextual e em parte intercultural: “se as pessoas estivessem dispostas a ler-se umas às outras e a ver a luz de outras culturas, não haveria guerra no mundo.” (p. 177) Ver artigo