Quatro Contos Consonantes é o segundo livro infantojuvenil da autora canadiana Margaret Atwood, publicado pela Ponto de Fuga, depois de No alto da árvore. Com tradução de Vladimiro Nunes, e revisão de Rita Almeida Simões, este volume reúne quatro obras infantojuvenis distintas de um dos grandes nomes da literatura contemporânea. Além de estarem exclusivamente reunidas, e pela primeira vez, graças a esta edição portuguesa, ganham ainda um tom ternamente sombrio (ao estilo de Tim Burton) com o traço distintivo das ilustrações a cores de Sebastião Peixoto – no final do livro incluem-se ainda alguns esboços das ilustrações. Ver artigo
William Faulkner, um dos maiores e mais inovadores romancistas norte-americanos do século XX, terá escrito este livro pouco depois da publicação do seu primeiro romance, A Recompensa do Soldado (1926).
A 5 de fevereiro de 1927, Faulkner ofereceu um exemplar de A Árvore dos Desejos, dactilografado e encadernado por si, à pequena Victoria Franklin, no seu oitavo aniversário, onde narra as aventuras de Dulcie no dia em que também acorda para o seu aniversário. Victoria era filha de Estelle Oldham, uma antiga namorada de adolescência e sempiterna paixão do escritor que não desistiu enquanto não conseguiu casar-se com ela em 1929. A história nunca foi publicada senão dois anos depois da morte do autor, em 1964, com ilustrações de Don Bolognese, tal como se reproduz nesta bonita edição de capa dura da Ponto de Fuga.
William Faulkner nasceu no Mississípi, no Sul dos Estados Unidos, a 25 de setembro de 1897, e foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura em 1949.
O único livro infantil do autor cruza o imaginário de Alice no País das Maravilhas, com pessoas e animais que encolhem e aumentam de tamanho, com o da sua ficção adulta, situando a história de forma vaga no contexto norte-americano dos tempos da guerra e da escravatura, através das personagens de Alice e do marido, soldado morto ou desaparecido que magicamente regressa, e antecipa recursos narrativos e estilísticos do seu romance mais célebre, O Som e a Fúria (1929). Aquilo que pode parecer do reino do sonho ou do absurdo revela-se afinal como uma preciosa lição de vida, onde as personagens muitas vezes desperdiçam desejos em coisas inúteis, sem sequer se aperceber que afinal já encontraram a Árvore dos Desejos que buscavam, essa entidade mítica que continuam a procurar numa saga quixotesca cheia de peripécias e mal-entendidos.
A editora Ponto de Fuga inaugurou com este título uma colecção infanto-juvenil composta por escritores que não são usualmente autores de livros infantis, como Gertrude Stein, Ted Hughes ou E.E. Cummings. No Plano Nacional de Leitura para 2017 este livro surge como recomendação para o 9.º ano.
A 5 de fevereiro de 1927, Faulkner ofereceu um exemplar de A Árvore dos Desejos, dactilografado e encadernado por si, à pequena Victoria Franklin, no seu oitavo aniversário, onde narra as aventuras de Dulcie no dia em que também acorda para o seu aniversário. Victoria era filha de Estelle Oldham, uma antiga namorada de adolescência e sempiterna paixão do escritor que não desistiu enquanto não conseguiu casar-se com ela em 1929. A história nunca foi publicada senão dois anos depois da morte do autor, em 1964, com ilustrações de Don Bolognese, tal como se reproduz nesta bonita edição de capa dura da Ponto de Fuga.
William Faulkner nasceu no Mississípi, no Sul dos Estados Unidos, a 25 de setembro de 1897, e foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura em 1949.
O único livro infantil do autor cruza o imaginário de Alice no País das Maravilhas, com pessoas e animais que encolhem e aumentam de tamanho, com o da sua ficção adulta, situando a história de forma vaga no contexto norte-americano dos tempos da guerra e da escravatura, através das personagens de Alice e do marido, soldado morto ou desaparecido que magicamente regressa, e antecipa recursos narrativos e estilísticos do seu romance mais célebre, O Som e a Fúria (1929). Aquilo que pode parecer do reino do sonho ou do absurdo revela-se afinal como uma preciosa lição de vida, onde as personagens muitas vezes desperdiçam desejos em coisas inúteis, sem sequer se aperceber que afinal já encontraram a Árvore dos Desejos que buscavam, essa entidade mítica que continuam a procurar numa saga quixotesca cheia de peripécias e mal-entendidos.
A editora Ponto de Fuga inaugurou com este título uma colecção infanto-juvenil composta por escritores que não são usualmente autores de livros infantis, como Gertrude Stein, Ted Hughes ou E.E. Cummings. No Plano Nacional de Leitura para 2017 este livro surge como recomendação para o 9.º ano.
Nascido na Foz do Douro a 12 de Março de 1867, Raul Brandão é um autor quase esquecido apesar de ser um dos grandes nomes da nossa literatura, especialmente por aliar a modernidade no trabalho sobre a linguagem, contemporâneo de James Joyce ou Virginia Woolf, à metafísica e à existencialidade do Homem.
Felizmente, a Revista Estante da Fnac mediante um júri de 5 elementos nomeou Húmus como uma das 12 melhores obras da literatura nacional dos últimos 100 anos, e este ano foram ainda publicadas pela Quetzal as Memórias do autor. Celebram-se este ano 130 anos sobre a data de nascimento de Raul Brandão, o que parece justificar o lançamento no passado mês de Abril pela Ponto de Fuga desta bela e cuidada edição de O Pobre de Pedir (onde não faltam fotografias) que inclui um elucidativo prefácio do autor açoriano João de Melo, onde está bem patente a sua admiração por este mestre da linguagem que aliás parece ter influenciado a sua própria escrita e onde, talvez porque narram as suas ilhas, não deixa de tentar justificar que acha As Ilhas Desconhecidas uma obra rival «em qualidade e inovação» a Húmus. Segue-se uma apresentação do editor, onde se incluem excertos de cartas, e se explana que esta foi a derradeira obra do autor, escrita em cerca de 3 meses, sendo que não terá havido, infelizmente, tempo para revisões pelo próprio. A edição aqui apresentada de uma novela há muito ausente das livrarias procura restituir o texto à sua forma original, ignorando alterações ao manuscrito introduzidas pela devota esposa do autor, Maria Angelina Brandão, que na sua maioria não tinham «razão ou critério objetivo». Sem querer apresentar o original de 1931 com as suas variantes fastidiosas notas de rodapé, a presente edição procura «apresentar o mais fielmente possível o conteúdo do manuscrito, atualizando a ortografia e corrigindo apenas gralhas evidentes».
Escreve João de Melo que O Pobre de pedir mantém uma «estrutura fragmentária» e o «monólogo interior», numa «dualidade típica» recorrente à escrita do autor. São duas histórias paralelas, narradas na primeira pessoa, onde se confronta a natureza íntima do homem com a sociedade, e tudo é questionado, em especial a efemeridade da vida e a morte, como signo omnipresente no universo brandoniano, sendo que a obra ganha ainda mais sentido se considerarmos que o autor esperava já esse ocaso conforme lutava por terminar o seu manuscrito.
Felizmente, a Revista Estante da Fnac mediante um júri de 5 elementos nomeou Húmus como uma das 12 melhores obras da literatura nacional dos últimos 100 anos, e este ano foram ainda publicadas pela Quetzal as Memórias do autor. Celebram-se este ano 130 anos sobre a data de nascimento de Raul Brandão, o que parece justificar o lançamento no passado mês de Abril pela Ponto de Fuga desta bela e cuidada edição de O Pobre de Pedir (onde não faltam fotografias) que inclui um elucidativo prefácio do autor açoriano João de Melo, onde está bem patente a sua admiração por este mestre da linguagem que aliás parece ter influenciado a sua própria escrita e onde, talvez porque narram as suas ilhas, não deixa de tentar justificar que acha As Ilhas Desconhecidas uma obra rival «em qualidade e inovação» a Húmus. Segue-se uma apresentação do editor, onde se incluem excertos de cartas, e se explana que esta foi a derradeira obra do autor, escrita em cerca de 3 meses, sendo que não terá havido, infelizmente, tempo para revisões pelo próprio. A edição aqui apresentada de uma novela há muito ausente das livrarias procura restituir o texto à sua forma original, ignorando alterações ao manuscrito introduzidas pela devota esposa do autor, Maria Angelina Brandão, que na sua maioria não tinham «razão ou critério objetivo». Sem querer apresentar o original de 1931 com as suas variantes fastidiosas notas de rodapé, a presente edição procura «apresentar o mais fielmente possível o conteúdo do manuscrito, atualizando a ortografia e corrigindo apenas gralhas evidentes».
Escreve João de Melo que O Pobre de pedir mantém uma «estrutura fragmentária» e o «monólogo interior», numa «dualidade típica» recorrente à escrita do autor. São duas histórias paralelas, narradas na primeira pessoa, onde se confronta a natureza íntima do homem com a sociedade, e tudo é questionado, em especial a efemeridade da vida e a morte, como signo omnipresente no universo brandoniano, sendo que a obra ganha ainda mais sentido se considerarmos que o autor esperava já esse ocaso conforme lutava por terminar o seu manuscrito.
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