Hans – Sob o Peso das Rodas, de Hermann Hesse, com tradução de Paulo Rêgo, é o segundo romance do Nobel alemão, e um dos mais importantes autores do século XX – e um dos meus preferidos, talvez porque partilhamos a mesma data de nascimento (menos no ano). A sua obra tem vindo a ser integralmente publicada pela Dom Quixote. Ver artigo
Viagem ao País da Manhã, de Hermann Hesse, publicado pela Cavalo de Ferro em Janeiro deste ano, é uma narrativa breve e incontornável do autor alemão agraciado com o Nobel em 1946. À semelhança de outras obras suas, Hesse narra o percurso singular de uma personagem cuja vida é eivada de espiritualidade e conhecimento, como Demian, Siddhartha ou Goldmundo. Ver artigo
O Último Verão de Klingsor, de Hermann Hesse, publicado pela Dom Quixote em Junho de 2020 com tradução de Patrícia Lara (a partir da edição mais antiga da Guimarães), foi escrito pouco depois do fim da I Grande Guerra e narra o último verão da vida de um famoso pintor, Klingsor, que vive uma explosão final de criatividade.
A julgar pela capa com base num quadro de Van Gogh, percebemos que Klingsor é um pintor expressionista, e ao longo desta narrativa, nem sempre linear, desfila a reflexão de uma vida vivida no extremo. Se bem que é, ainda assim, superado pelo seu velho amigo (e alter ego?) Louis, o Cruel, «o viajante, o imprevisível, que vivia no comboio e tinha uma mochila como atelier».
«Só pintamos por faute de mieux, meu caro. Se tivesses sempre no colo a rapariga que te agrada de momento e a sopa que te apetece no prato, não te incomodarias com esta brincadeira infantil e disparatada. A natureza tem milhares de cores, e nós metemos na cabeça reduzir a escala a vinte. A pintura é isto. Nunca se está contente, e ainda por cima temos de ajudar a sustentar os críticos.» (p. 21)
O livro tem laivos autobiográficos, pois Hesse começou a pintar por volta de 1917 e este livro é escrito dois anos depois, no Verão de 1919, quando o autor se instala numa aldeia nas montanhas para iniciar uma nova fase, sem a família, provavelmente, tal como o protagonista do livro, a viver um «amor serôdio de um quarentão por uma rapariga de vinte anos» (p. 38). Além disso, um pormenor curioso e de somenos relevância, também Li Tai Pe, outra personagem que parece ser, afinal, mais um alter ego do protagonista, nasceu a 2 de Julho tal como Hermann Hesse (e que é também o meu dia de aniversário). Conforme se pode ler na badana do livro, uma das personagens, Hermann, o poeta, pode ainda ser confundido com o próprio autor, e Louis por Louis Moilliet, um artista seu amigo.
Um romance breve e incontornável de um dos autores que mais aprecio, e que tal como outros livros de Hesse narra o percurso singular de uma vida eivada de espiritualidade e conhecimento, como Demian, Siddhartha ou Goldmundo.
A julgar pela capa com base num quadro de Van Gogh, percebemos que Klingsor é um pintor expressionista, e ao longo desta narrativa, nem sempre linear, desfila a reflexão de uma vida vivida no extremo. Se bem que é, ainda assim, superado pelo seu velho amigo (e alter ego?) Louis, o Cruel, «o viajante, o imprevisível, que vivia no comboio e tinha uma mochila como atelier».
«Só pintamos por faute de mieux, meu caro. Se tivesses sempre no colo a rapariga que te agrada de momento e a sopa que te apetece no prato, não te incomodarias com esta brincadeira infantil e disparatada. A natureza tem milhares de cores, e nós metemos na cabeça reduzir a escala a vinte. A pintura é isto. Nunca se está contente, e ainda por cima temos de ajudar a sustentar os críticos.» (p. 21)
O livro tem laivos autobiográficos, pois Hesse começou a pintar por volta de 1917 e este livro é escrito dois anos depois, no Verão de 1919, quando o autor se instala numa aldeia nas montanhas para iniciar uma nova fase, sem a família, provavelmente, tal como o protagonista do livro, a viver um «amor serôdio de um quarentão por uma rapariga de vinte anos» (p. 38). Além disso, um pormenor curioso e de somenos relevância, também Li Tai Pe, outra personagem que parece ser, afinal, mais um alter ego do protagonista, nasceu a 2 de Julho tal como Hermann Hesse (e que é também o meu dia de aniversário). Conforme se pode ler na badana do livro, uma das personagens, Hermann, o poeta, pode ainda ser confundido com o próprio autor, e Louis por Louis Moilliet, um artista seu amigo.
Um romance breve e incontornável de um dos autores que mais aprecio, e que tal como outros livros de Hesse narra o percurso singular de uma vida eivada de espiritualidade e conhecimento, como Demian, Siddhartha ou Goldmundo.
Depois de ter lido Siddartha e Narciso e Goldmundo chega a vez da obra publicada em 1943 que terá valido em definitivo o Nobel a este autor em 1946 e que Thomas Mann descreveu como sendo um livro sublime.
Depois de uma introdução um pouco mais densa sobre em que consiste o jogo das contas de vidro – como que uma ordem de aprendizes que procuram aliar a música a outras disciplinas, como a matemática em exe
Depois de uma introdução um pouco mais densa sobre em que consiste o jogo das contas de vidro – como que uma ordem de aprendizes que procuram aliar a música a outras disciplinas, como a matemática em exe
rcícios de perícia e abstração mental, o livro acompanha a vida escolar de Joseph Knecht – José Servo -, um jovem órfão adoptado pela administração do ensino e de quem pouco se sabe, a quem é dada uma oportunidade concedida apenas a alguns eleitos: dada a destreza musical que exibe e que chama a atenção – sem que ele o perceba – do seu professor e depois de um Mestre de Música que o visita intencionalmente para averiguar se é merecedor de continuar os estudos numa escola de elite. Mas mais tarde, nos seus dezassete anos, sente-se seduzido por um colega que pertence à “ordem secular”, um jovem laico que apenas estuda naquele local por ser de famílias importantes e que contesta abertamente em prelecções espontâneas os mais “escolásticos”, os que irão permanecer fechados na sua ordem intelectual, que tem algo aliás de ordem espiritual – sendo a meditação uma das disciplinas – a prosseguir estudos, por vezes em exercícios intelectuais estéreis e que não interessam a ninguém. Joseph dedicar-se-á como outros eleitos à procura do saber e do conhecimento absoluto, chegando a tornar-se chefe supremo da comunidade, o Mestre do Jogo de Contas, Ludi Magister Josephus III, mas a certa altura acabará por perceber que é insustentável a contradição e tensão entre o mundo exterior, sempre imóvel, e o mundo fechado em que ele e os seus irmãos se escudam. Ver artigo
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