Amy e Isabelle, de Elizabeth Strout, com tradução de Eugénia Antunes, integra agora o catálogo da Alfaguara que tem vindo a publicar a obra de uma das mais importantes autoras norte-americanas. Antes das emblemáticas personagens Olive Kitteridge e Lucy Barton, em torno das quais a autora tem vindo a construir séries de livros mais ou menos in(ter)dependentes houve Amy, uma filha insegura, detentora de uma magnifica cabeleira loura encaracolada por trás da qual se esconde, e Isabelle, uma mãe distante e uma mulher insegura. Ver artigo
Oh, William!, de Elizabeth Strout, com tradução de Tânia Ganho, é o regresso desta autora, galardoada com o Prémio Pulitzer, à personagem de Lucy Barton –protagonista dos romances O meu nome é Lucy Barton e Tudo é possível. Toda a sua obra tem vindo a ser publicada pela Alfaguara Portugal. Ver artigo
Olive Kitteridge, publicado originalmente em 2008, e entre nós o ano passado, obteve sucesso mundial, um Pulitzer, entre outros prémios, e foi adaptado a série com uma excelente interpretação de Frances McDormand. A segunda vida de Olive Kitteridge, de Elizabeth Strout, retoma a vida de Olive mais ou menos no momento em que a deixámos no livro anterior. Ver artigo
Olive Kitteridge, a série de 4 episódios, exibida entre 2016 e 2017 no outrora TvSéries, demarca-se por uma interpretação fantástica de Frances McDormand. Olive Kitteridge mostra-nos como se pode viver com a depressão mesmo quando o passado nos persegue ou quando o nosso cérebro nos faz ver monstros. Na verdade, Olive não parece assombrada pelo demónio da depressão, antes surge como uma mulher de um sentido prático a toda a prova e capaz de um imenso desapego, como quem não permite espaço ao supérfluo da vida, capaz de um humor cáustico que nos arranca gargalhadas em vários momentos, enquanto o marido contrabalança a sua aparente frieza com a sua candura. É também uma exemplar demonstração de como as relações entre mães e filhos podem ser difíceis, como quando Olive e o filho se reúnem após uma ausência mais prolongada e o seu diálogo soa a duelo de esgrima.
O livro de Elizabeth Strout, vencedor do Pulitzer, chega agora pela Alfaguara, que já traduziu e publicou outros livros da autora entre nós, também aqui apresentados, como O meu nome é Lucy Barton e Tudo é possível.
O livro de Elizabeth Strout, vencedor do Pulitzer, chega agora pela Alfaguara, que já traduziu e publicou outros livros da autora entre nós, também aqui apresentados, como O meu nome é Lucy Barton e Tudo é possível.
Publicado em Março pela Alfaguara, este livro é uma sequela de O meu nome é Lucy Barton, em que a autora explora justamente as sequelas do impacto que Lucy Barton teve naqueles que a rodeiam, em Amgash, cidade do Midwest americano, onde viveu na sua infância. Lucy Barton, antes uma criança irreverente e um pouco estranha, oriunda de uma família marginalizada, é agora uma famosa escritora, e é particularmente através da sua escrita, sob a forma de um livro de memórias, que vai ter impacto na comunidade, sobre cujas vidas podemos ler de forma fragmentada, como se esta obra fosse uma colectânea de contos, em que, todavia, as várias histórias se vão interligando entre si, com personagens que são mencionadas aqui e exploradas ali, sempre com Lucy Barton no seu centro. Também no centro das várias histórias, a entretecê-las, está a exploração do bem e do mal que vive em maior ou menor harmonia no seio de cada indivíduo, das acções cometidas no passado que ainda perseguem a memória, seja por actos cometidos em guerras impostas, seja por escolhas feitas por amores mais ou menos irreflectidos, ou por simples caprichos de uma vontade intempestiva que dita alguma palavra menos premeditada, mas que pode causar danos irreparáveis. Felizmente tudo é possível, e se as pessoas não estiverem demasiado interessadas em si mesmas, como se afirma a certa altura, é sempre possível reparar o mal que por vezes se comete, porque é isso que significa ser humano: «Somos todos uma trapalhada, Angelina, tentamos fazer o melhor que podemos, amamos de um modo imperfeito, Angelina, mas não faz mal.» (p. 56). E ao ler-se esta passagem, não parece que o nome próprio da personagem seja acidental…
Percebemos que passou um ano, e cinco das nove histórias ou capítulos que constituem o livro, quando Lucy Barton, até aí sempre comentada e analisada mediante o olhar de terceiros, aparece finalmente em cena, para um reencontro com os seus dois irmãos, na casa onde viveram em crianças, com uma mãe distante e apagada, e na mais abjecta pobreza.
A escrita de Elizabeth Strout é extremamente subtil, na forma como interliga o gesto mais banal com a profundidade psicológica e a reflexão em torno da vida, da felicidade, do amor, do remorso.
A autora obteve sucesso mundial com Olive Kitteridge (adaptado a uma fabulosa mini-série com a Frances McDormand), obra que lhe valeu um Pulitzer.
Percebemos que passou um ano, e cinco das nove histórias ou capítulos que constituem o livro, quando Lucy Barton, até aí sempre comentada e analisada mediante o olhar de terceiros, aparece finalmente em cena, para um reencontro com os seus dois irmãos, na casa onde viveram em crianças, com uma mãe distante e apagada, e na mais abjecta pobreza.
A escrita de Elizabeth Strout é extremamente subtil, na forma como interliga o gesto mais banal com a profundidade psicológica e a reflexão em torno da vida, da felicidade, do amor, do remorso.
A autora obteve sucesso mundial com Olive Kitteridge (adaptado a uma fabulosa mini-série com a Frances McDormand), obra que lhe valeu um Pulitzer.
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