Redescobrir o mundo, com texto de Jordi Pigem e ilustrações de Neus Caamaño, e tradução e revisão de Catarina Sacramento, assinala o lançamento de uma nova coleção, a AKIWOW, em jeito de celebração do 5.º aniversário da editora AKIARA.
Esta estreia assinala uma nova coleção de livros informativos com um formato especial, de pequenas dimensões e uma encadernação especial holandesa (lombada de tela e capas de cartão prensado), à semelhança de cadernos de explorador.
E como convém a um diário de explorador, que vive plenamente a sua aventura de descoberta do mundo, o texto de Jordi Pigem, um professor de filosofia da ciência em Inglaterra que investiga estes temas há anos, reúne de forma clara e acessível informações sobre o mundo dos animais, das plantas e dos ecossistemas, mas incide sobretudo num apelo à reflexão. Por isso, ao longo do livro são múltiplas as perguntas filosóficas, a par de breves reflexões poéticas, que levam miúdos e graúdos a sentirem-se maravilhados perante o prodigioso mundo em que nos foi concedido viver. Como se refere nas frases introdutórias do livro, “Cada vez sabemos mais acerca dos processos da natureza. Porém, quanto mais sabemos, mais nos apercebemos do que não podemos explicar.” No final, há uma pequena conclusão que compara justamente a inteligência dos seres vivos com a chamada «inteligência artificial». Destaque-se, por exemplo, as árvores que produzem oxigénio e bombeiam centenas de litros de água como um motor por dezenas de metros acima, sem qualquer ruído. A nação das plantas ganha de facto destaque central no livro, com várias páginas.
Com um pequeno índice que anuncia algumas das maravilhas que se revelam nas páginas seguintes, o livro apresenta um tema que se desdobra em páginas duplas. Cabe ainda destacar o desdobrável na parte dedicada a «Yellowstone e o regresso dos lobos», em que as páginas duplas se espraiam, de modo a acompanhar a importante mensagem de que a natureza está cheia de ciclos e que vivemos todos em estreita simbiose, pelo que o retorno dos lobos é apenas o primeiro elo de uma cadeia de mudanças num parque nacional que resultam no regresso e multiplicação de muitas outras espécies animais.
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