O Gigante Verde, de Katie Cottle, com tradução de Ana Markl, está publicado na Coleção Lilliput, com a chancela da Nuvem de Letras. Da mesma autora de O Gigante Azul, finalista do Waterstones Children’s Book Prize, chega-nos agora outro livro em que Katie Cottle volta a apelar para a importância de nos reencontrarmos com a natureza.

Margarida e a sua cadela Íris visitam o avô, no campo. A Margarida gosta de não fazer nada – entenda-se ficar a olhar para o seu tablet. Já a Íris, não pára de fazer disparates, perseguindo gatos. Inesperadamente, Margarida encontra uma pequena e velha estufa enferrujada. E lá dentro surge uma sombra gigantesca e assustadora, que se revela ser um gigante feito inteiramente de plantas e folhas.

De forma simples, esta história versa a poluição nas cidades e, de forma mágica, enfatiza a importância de voltar a deixar o verde irromper na nossa paisagem urbana, que ameaça abafar a cor e a natureza.

As ilustrações ressaltam no branco da cor como desenhos a lápis de cera, num traço solto e livre, desordenado e criativo, da mesma forma que o gigante surge numa amálgama de folhas. Destaque para o contraste entre o cinzento da cidade e o colorido da natureza.

Um livro que trata da ecologia e nos relembra que o planeta é de todos e está nas nossas mãos fazer dele um lugar melhor.

Katie Cottle trabalha como freelancer e vive em Bristol.

Adora contar histórias através dos seus desenhos, nos quais mistura técnicas digitais e tradicionais. Gosta de cores vivas e de motivos relacionados com a natureza.

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Paulo Nóbrega Serra
Written by Paulo Nóbrega Serra
Sou doutorado em Literatura com a tese «O realismo mágico na obra de Lídia Jorge, João de Melo e Hélia Correia», defendida em Junho de 2013. Mestre em Literatura Comparada e Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, autor da obra O Realismo Mágico na Literatura Portuguesa: O Dia dos Prodígios, de Lídia Jorge e O Meu Mundo Não É Deste Reino, de João de Melo, fruto da minha tese de mestrado. Tenho ainda três pequenas biografias publicadas na colecção Chamo-me: Agostinho da Silva, Eugénio de Andrade e D. Dinis. Colaboro com o suplemento Cultura.Sul e com o Postal do Algarve (distribuídos com o Expresso no Algarve e disponíveis online), e tenho publicado vários artigos e capítulos na área dos estudos literários. Trabalhei como professor do ensino público de 2003 a 2013 e ministrei formações. De Agosto de 2014 a Setembro de 2017, fui Docente do Instituto Camões em Gaborone na Universidade do Botsuana e na SADC, sendo o responsável pelo Departamento de Português da Universidade e ministrei cursos livres de língua portuguesa a adultos. Realizei um Mestrado em Ensino do Português e das Línguas Clássicas e uma pós-graduação em Ensino Especial. Vivi entre 2017 e Janeiro de 2020 na cidade da Beira, Moçambique, onde coordenei o Centro Cultural Português, do Camões, dois Centros de Língua Portuguesa, nas Universidades da Beira e de Quelimane. Fui docente na Universidade Pedagógica da Beira, onde leccionava Didáctica do Português a futuros professores. Resido agora em Díli, onde trabalho como Agente de Cooperação e lecciono na UNTL disciplinas como Leitura Orientada e Didáctica da Literatura. Ler é a minha vida e espero continuar a espalhar as chamas desta paixão entre os leitores amigos que por aqui passam.