Guiados pela Lua, de James Norbury
Guiados pela Lua, de James Norbury, publicado pela Iguana, com tradução de Maria João Fonseca, é o fantástico novo livro do mesmo autor que nos trouxe O Grande Panda e o Pequeno Dragão e A Viagem – O Grande Panda e o Pequeno Dragão.
Nesta enternecedora fábula somos apresentados a novas personagens.
Nas profundezas de uma floresta sombria, uma jovem cadelinha vagueia perdida e assustada. O Inverno chegou às montanhas e cobre tudo com um denso manto de neve. Deambulando por esse silencioso deserto de brancura, Amaya procura os seus pais. Até que um velho lobo, em final de ciclo, se cruza com ela no seu caminho e, contrariando os seus impulsos primários, decide ajudá-la, em vez de a matar…
Este par improvável embarca numa viagem inesquecível para seguir a Lua, porque Amaya acredita que assim conseguirão encontrar os seus pais.
«Por vezes, não há mais nada que possamos fazer, então, devemos saber recuar e permitir que o Universo faça a sua magia insondável.»
O livro reparte-se em pequenas secções, atravessando as várias fases do dia, da alvorada à noite; enquanto as imagens acompanham essa lógica, ora mais coloridas, ora a preto e branco. Tratam-se de ilustrações belíssimas, como o autor nos tem habituado, ora mais elaboradas ora num simples traço a preto e branco, que acompanham uma jornada cheia de pequenas grandes lições sobre amizade, amor, sacrifício, vida, crescimento, mudança, solidão.
Um álbum que medeia entre a Banda Desenhada, a Novela Gráfica de Adulto e a Espiritualidade. Como acontece em livros anteriores, esta história parece beber da filosofia oriental, toca a graúdos e miúdos, representando um livro de cabeceira que podemos ler de fio a pavio ou simplesmente ir abrindo ao acaso, num momento necessário de pausa, a reflectir sobre a nossa própria viagem…
James Norbury é um artista, autor, ilustrador, amante da natureza e dos animais. Nasceu na Floresta de Dean e passou a maior parte da sua vida a escrever e desenhar. Formou-se em Zoologia e mudou-se para a Irlanda. Viajou pelo Reino Unido e viveu em Newcastle, Swansea e Cheltenam, algumas vezes num pequeno barco. Mora em Swansea com a mulher e sete gatos.
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