Minx é uma série norte-americana, ligeira, e simultaneamente inteligente na sua simplicidade, que está agora na sua segunda e última temporada (tão depressa aprovaram a segunda temporada como anunciaram que não haverá próxima, mas pensam vender os direitos para outras plataformas). Estreou na HBO Max em Março do ano passado, realizada e escrita por Ellen Rapoport. Em suma, trata de como uma jovem feminista, em Los Angeles, tenta publicar a primeira revista erótica especialmente pensada para mulheres, até que encontra um improvável aliado, cujas revistas (mais gráficas) nem sempre têm o sucesso desejado. Rapidamente ela suplanta essa parceria e torna-se um sucesso. Apesar de todos estarmos habituados ao conteúdo explícito televisivo, esta série tem mais pilas por metro quadrado, ou melhor dizendo, por minuto, do que qualquer outro produto do pequeno ecrã – aliás, tem sido amplamente discutido como a nudez se tornou tão banal, mas é tão raro ver “frontal nudes” de homens. Aqui há pilas para todos os gostos – pequenas, grandes, exageradas, escuras ou claras circuncisadas ou não. Digno de nota é como os modelos que aqui surgem respeitam os critérios de beleza da época.
Ao mesmo tempo, e esse é outro ponto forte da série, encontramos diversas figuras de referência, como Joan Didion, David Hockney, Linda Ronstadt, Annie Liebovitz, ou Carl Sagan – ainda que por vezes apareçam apenas como notas de rodapé.
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