Nuno Júdice nasceu na Mexilhoeira Grande, em Portimão, no distrito de Faro, em 1949.

Dos mais premiados poetas portugueses, contemporâneo e conterrâneo (para os leitores algarvios). Reconhecido e publicado internacionalmente, em mais de onze línguas, é conhecido sobretudo pela sua poesia, pela qual foi particularmente apreciado e premiado.

Formou-se em Filologia Românica pela Universidade Clássica de Lisboa. Dirigia um dos últimos baluartes da crítica literária, que ainda resiste nos dias que correm, a revista Colóquio Letras. Dedicou-se ao estudo e à escrita de ensaios sobre teoria da literatura e literatura portuguesa, como por exemplo o pequeno ABC da crítica, que explica de forma simples e atual essa ciência que alguns consideram uma inutilidade que é a de pensar ou escrever sobre literatura.

Nuno Júdice foi, até 2015, professor associado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, instituição onde se doutorou em 1989 com a tese “O espaço do conto no texto medieval”.

Desempenhou também funções como conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris (1997-2004) e diretor do Instituto Camões na capital francesa.

Organizou a Semana Europeia da Poesia, no âmbito da Lisboa’94 – Capital Europeia da Cultura.

Literariamente, estreou-se em 1972 com o livro de poesia “A Noção de Poema”. Na linha de outros poetas do século XX, a tradição e a antiguidade clássica renascem em força na sua obra poética.

Ao longo da carreira literária, Nuno Júdice foi distinguido com diversos prémios, entre os quais o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, em 2013, o Prémio Pen Clube, o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus.

Recebeu o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, por “Meditação sobre Ruínas”, finalista do Prémio Europeu de Literatura.

Poeta, ensaísta e ficcionista, Nuno Júdice morreu no passado dia 17 de Março, em Lisboa, aos 74 anos.

No caderno de artes Cultura.Sul já tivemos oportunidade de explorar particularmente a sua obra ficcional, que aqui relembramos. Os seus livros em prosa são pequenas novelas que se leem facilmente, mesmo que a sua escrita seja elaborada, escorreita, raramente complexa, mesmo quando incorre numa filosofia que serve apenas para debater algum dilema pessoal.

Existem algumas marcas que unem estas obras aparentemente tão díspares. Por Todos os Séculos (1999), é um livro particularmente interessante, onde se preconizam esses aspetos que vigoram, regra geral, na ficção deste poeta. O livro é contado na primeira pessoa, como aliás todos os outros aqui abordados, sendo esse “eu”, aliás, um professor ou um investigador: alguém que deambula pelo mundo (dos livros) em busca de algum esclarecimento que, no fim, acaba por afetar a sua própria vida pessoal. O “eu lírico” parece assim manter essa sua voz na primeira pessoa, como se fosse a sua “persona” quem nos fala diretamente. O próprio autor já admitiu, em entrevista, ter “falta de imaginação”, o que o leva a rememorar na escrita aspetos da sua vida pessoal.

O tom da prosa é intimista, invocando o leitor para dentro de um abraço caloroso na história que se conta, quase sempre uma memória, como páginas de um diário pessoal, onde se recorda algum momento em particular da sua vida. Por outro lado, a história por muito atual que seja, como acontece em A Implosão (2013), acaba sempre por cruzar dois planos diferentes, o do presente a partir do qual se projeta a voz do eu e o de um passado relembrado ou até mesmo (como a madalena de Proust permite) reencontrado. Exemplificando, no livro Por Todos os Séculos, o autor/narrador, essa figura que parece confundir-se numa só, assiste à enchente nos meios de comunicação social das reportagens que exploram o escândalo do presidente norte-americano Bill Clinton e do seu caso com Monica Lewinski, enquanto traça curiosas e ironicamente divertidas analogias com o caso de uma jovem que, em tempos idos da Idade Média se deixou enganar por um padre, que se aproveitou sexualmente dela alegando que, ao deitarem-se lado a lado completamente nus, ela poderia mais facilmente atingir a santidade.

Em A Implosão (2013), traça-se outro quadro bipartido, como forma de abordar um tema tão pertinentemente atual como a crise económica que se vivia (ou vive?) nos países europeus do sul, como Portugal e Grécia, enquanto dois homens ligeiramente conhecidos relembram os tempos da sua juventude, quando se vivia a Revolução de Abril. O livro foi escrito em 2011, aquando da situação vivida na Grécia e da “bomba” em Chipre, sendo essa bomba o dinheiro, na sua forma mais virtual e abstrata, capaz, no entanto, de lançar estilhaços em toda a volta e atingir as mais diversas vidas. Esta novela tem assim uma clara dimensão política, onde se procura retratar o quadro geral vivido na Europa, ainda que se refira, especificamente, o espaço lisboeta. A ação decorre durante um velório, frente a um caixão, onde nunca se percebe muito bem qual o corpo que lá possa estar, se bem que possa ser identificado como a mulher que tão insistentemente relembram. O livro constrói-se assim em torno de um diálogo entre essas duas personagens, sendo um deles referido como suspeito de ser informador da PIDE. Estes dois homens conheciam-se apenas de vista, dos ambientes de café próprios dos tempos da revolução, onde se teciam conspirações e se trocavam as novidades, quer políticas quer culturais.

Noutras novelas, que aqui destacamos, de entre as quase duas dezenas que Nuno Júdice escreveu, é claramente notória a rememoração não só de um passado pessoal (e talvez veridicamente vivenciado) mas, principalmente, a forma como a imaginação e a memória livresca de uma biblioteca pessoal se podem sobrepor à realidade empírica do mundo exterior que nos circunda. Os Passos da Cruz (2009) fala-nos de um investigador ou estudante de literatura, que parte pelo país até uma aldeia para os lados de Coruche, que dá pelo nome de Lamarosa, onde, em 1670, terá vivido uma mulher, Antónia Margarida de Castelo Branco, que se viu obrigada a casar com Brás Teles, um homem explorador e agressivo que a violentou para o resto da sua vida, enquanto o marido a procurava matar de dor e sofrimento para mais depressa se apoderar da sua fortuna. Ora a vida de quem viveu há mais de trezentos anos é, afinal, assunto para «ratos de biblioteca» como reconhece o próprio narrador que se pode identificar como um jovem no final da adolescência. Mas é no caminho para essa terra que esse mesmo jovem aparentemente se perde e é guiado por um homem que mais parece a reencarnação desse fidalgo marialva em tempos modernos e que conduz o jovem até sua casa, onde o apresenta à sua mulher, Antónia Margarida. Cria-se assim uma história aparentemente surreal ou fantástica, em que o jovem não sabe se está a ser manipulado, se se abriu uma brecha no tempo ou se a História tem mesmo, tão simplesmente, tendência a repetir-se.

O Complexo de Sagitário (2011) inicia com um episódio quase grotesco de uma matança do porco, testemunhada por um jovem leitor, envergonhadamente agarrado a um livro forrado com papel grosso, para disfarçar a sua leitura da polémica obra, noutros tempos proibida, A Filosofia na Alcova, do Marquês de Sade. Este jovem vai viver obcecado com a visão de uma mulher com as mãos sujas de sangue, por ajudar na matança, numa cena que tem algo de ritual iniciático feminino, na aura de mistério em que fica envolta ou no modo como é filtrada aos olhos e à rememoração subjetiva do narrador. O tema do amor e o erotismo, bem como as alusões à cultura clássica, como os homens transformados em porcos por Circe, devido à sua estupidez amorosa, ou ao tecer incessante de Penélope (analogia da escrita?) são igualmente recorrentes e distinguem um autor que tem tanto de culto como de atual.

O poeta voltou a fazer uma incursão na ficção com A conspiração Cellamare (2016), terreno onde prima pela originalidade da voz e pela proximidade com o leitor. Este livrinho, sendo que se utiliza esta palavra não pela sua curta dimensão mas pela dificuldade de catalogar ou rotular eficaz e inequivocamente este romance, é um verdadeiro deleite. Como a própria contra-capa indica, embora a obra «remeta para factos históricos, não é um romance histórico», e como o próprio narrador ressalva logo nas primeiras páginas este romance seria «uma mistura de géneros, entre o diário, as memórias e a ficção; mas já sabia, ao definir esta hibridez, que o resultado seria sempre classificado como não gozando de nenhum desses estatutos e, por isso, carecendo da solidez que se exige a um texto narrativo» (p. 8). O narrador-personagem é claramente o próprio autor, como nas anteriores obras de ficção, mas aqui claramente assumido, quando refere as suas obras anteriores ou o programa das disciplinas que leccionou enquanto professor na Universidade Nova. O móbil da narrativa é o de reencontrar o passado ou, mais especificamente, o antepassado do autor: «Precisava, antes de fazer qualquer outra coisa, de definir o meu projecto. Sabia que tivera um parente remoto que andara metido em conspirações, e que talvez tivesse perdido um bom futuro nos braços de amantes parisienses quando pôs o jogo acima dos segredos, o que é o pior que se pode fazer num país estrangeiro, embora se goze da imunidade diplomática, que ele tinha, como Embaixador do rei de Espanha em França.» (p. 7). O embaixador Antonio Giudici, príncipe de Cellamare, não inocentemente apelidado de «remoto parente», afigura-se portanto como uma elucubração do autor pelo que deixa de ser seguro acreditar completamente nas suas palavras quando refere que esse seu «ilustre parente» poderia ter alterado o curso da História se tivesse levado a cabo a sua missão, apesar de, segundo Nuno Júdice, ter havido realmente um seu antepassado genovês que se instalou primeiro em Lisboa e, mais tarde, no Algarve. E além de ser claramente dado o tom descontraído e irónico que impera no romance, esse projecto de recuar três séculos na História nunca é linear nem inteiramente credível: «mas andar à procura de documentos no meio de arquivos e velharias sobre um antepassado que não ficou nos livros de História, e cuja existência conhecia apenas por algumas vagas referências de linhagens familiares, não era a minha vocação. Lembrei-me, então, que poderia compensar esse meu desinteresse se preenchesse as lacunas com elementos de pura imaginação, como fizeram muitos cronistas do passado histórico antes que se descobrisse que não são os homens o motor das transformações do mundo mas o preço dos cereais, do petróleo, das acções, para não falar de factores mais recentes como a baixa do rating ou as metas do défice ou a subida dos juros da dívida.» (p. 9). Revisita-se assim a História a partir do presente, ao jeito pós-modernista, como quem demonstra que as maquinações políticas e a violência sanguinária do passado afinal ainda estão bem vivas, pois este é também um testemunho de como o escritor é afinal testemunha, se não mesmo um agente da História, ou uma voz da verdade a reivindicar justiça e activismo social, à semelhança de conspiradores mais ou menos esquecidos ou mais ou menos desvelados: «O que é certo, em tudo isto, é que eu tivera à minha disposição um personagem com o qual, para além de uma afinidade de sangue, tinha também uma afinidade no plano social: ambos apreciávamos a sombra, que é o lugar em que, sem sermos vistos, podemos manejar os cordelinhos que fazem mover a História. Ele fizera-o através da conspiração; eu procurava fazê-lo na ficção. E o resultado seria o mesmo: a queda do Poder, das forças dominantes, dos que têm nas suas mãos o domínio da humanidade.» (p. 116). O autor não teme assim denunciar claramente o actual estado político da nação e da Europa (e chamando as coisas pelos nomes), apesar de se referir a um acontecimento aparentemente remoto, o que só demonstra que o Homem continua a incorrer nos mesmos erros do passado: «Porém, quando o motor da política que tinha de rodar sem falhas gripou, o Embaixador ficou com a geringonça nas mãos sem saber o que lhe fazer, a não ser que tivesse sabido muito bem o que devia fazer, ou seja, deixar que se desconjuntasse sozinha, adivinhando ele que os estados germânicos e a Áustria, com o apoio da Inglaterra que, como sempre, se pôs fora do baralho europeu, nunca permitiriam essa união franco-espanhola» (p. 108).

Narrativa que prima sobretudo pelo humor, pois podemos inclusivamente sentir o prazer do próprio escritor ao escrever certas passagens que provocam o riso ou, para os leitores mais difíceis, desenhando-nos nos lábios o esboço de um sorriso cúmplice do jeito mordaz e crítico do autor-narrador: «E poderia sugerir à doutoranda que propusesse fazer um exame de ADN aos ossos de Napoleão que se encontram nos Invalides e algum cabelo meu, o que permitiria chegar a uma conclusão científica acerca deste parentesco que, a ser comprovado, seria incómodo porque, nos tempos que correm, somos culpados pelo que os nossos parentes fizeram até, pelo menos, à queda do Império Romano; e ainda haveria quem me viesse exigir que pedisse desculpas pelo que os soldados franceses, ao serviço do meu eventual primo corso, fizeram ao túmulo de Inês de Castro, para não falar de uma participação no reembolso do prejuízo.» (pp. 133-134).

A ficção de Nuno Júdice cria sempre um tom intimista, em que se anula a distância entre autor e leitor, interpelando-o constantemente, nem sempre da forma mais simpática, em clara provocação à sua inteligência, ou antecipando as suas reacções: «E aqui está, prossegue o indómito leitor, o autor não só não resistiu ao tema que garante o êxito comercial, como foi mais longe ao fazer da mulher uma entidade metafísica, divina, transcendente, ou seja, tudo aquilo que faz do referido autor um herdeiro desse espírito idealista que, para o leitor formado pelas melhores escolas críticas, é uma manifestação reaccionária, oposta aos modelos da modernidade, e mesmo da pós-modernidade, que espetaram com o punhal da Semiótica nas costas do sujeito real que se dedicava a escrever, pensando que o livro futuro seria a sua prova de vida.» (p. 84).

Tudo isto leva a crer que este último romance do autor é sobretudo uma reflexão pessoal da História e das suas personagens, literatura e do seu estatuto, da sua experiência enquanto académico, das suas leituras, e, mais uma vez, da situação política e histórica que se vive no país, porque afinal, conforme se interroga, perto do final do romance: «pergunto-me se não estarei a incorrer num erro que consiste em separar a vida e a literatura» (p. 143).

Em 2019, foi publicado O Café de Lenine. São 135 páginas em que o autor nos brinda com a sua deliciosa e irónica prosa narrativa, onde tergiversa sobre os mais diversos assuntos, não em jeito de crónica, mas como quem entretece uma vasta teia em que todos os assuntos se podem discutir e muitas vezes interligar, quase como uma conversa de café. Como vem a ser hábito na sua ficção, o autor entrecruza a memória com a crónica, enquanto parece desmontar a natureza da própria arte de narrar, num aliciante jogo com o leitor de desvelamento de técnicas ou estratégias autorais: «Nunca soube qual a melhor maneira de começar um romance, ou antes, talvez sempre tenha sabido a pior maneira de o começar. Diz-se que é preciso ambição, que temos de olhar para o fim e não para o princípio.» (p. 9)
É um pouco a medo que nos aventuramos nesta incursão sobre a novela de Nuno Júdice, pois entre as várias farpas lançadas pelo autor, não escapa a crítica aos críticos de literatura, que aliás figura logo em epígrafe no início do livro com uma passagem de Aquilino Ribeiro: «Imagino que a política literária, verdadeira, muito útil à literatura e particularmente aos seus cultores, está em os chamados críticos dos jornais diários falarem dos livros aparecidos dentro do período do ferro quente, em que a sezão não se completou ainda e a curiosidade do público está alvoroçada ou se imagina estar.»
O certo é que a prosa de Nuno Júdice é irreverente, como quando compara a inspiração ao zumbido de um mosquito importuno, e o diálogo irónico que estabelece com o leitor diverte e envolve não pela substância da história mas pela forma como se predispõe a contar: «Estou a ver, neste momento, as dúvidas que começam a surgir: ao fim de várias páginas, e para além de um significativo conjunto de insectos ainda não há um único personagem?» (p. 23)

Mas quem leu as anteriores obras de ficção sabe que raramente a personagem é outra que não a figura do narrador. Até porque a «personagem é um ser incómodo para o escritor. Precisa de um nome, de um corpo, de uma psicologia – a não ser que o livro seja daqueles que contraria essa exigência – e de um contexto.» (p. 23)
Não se quer com isto defender as virtudes do diarista sobre as do cronista ou do narrador, pois num diário o escritor «pode confessar as suas tristezas, os seus males, pode dizer como está feliz ou infeliz» mas «tudo parece construído a partir de situações e de cenários que temos dificuldade em reconhecer na realidade porque ninguém, alguma vez, usaria aforismos tão profundos no seu quotidiano» (p. 39).
E nem sempre os autores precisam do diário para falar de si, como é o caso de Gustave Flaubert que ao escrever a história de Emma Bovary escreve a sua prórpia história… O autor-narrador de O Café de Lenine reflecte assim sobre a arte do romance e de escrever, enquanto evoca o próprio conjunto da literatura, ou da biblioteca pessoal que aqui lhe diz respeito, invocando nomes maiores e personagens que ganham vida na contemporaneidade destas páginas, como Julian Barnes, Camões, Daniel Defoe, Sartre, Khalil Gibran, Teixeira Gomes, Antero, Stendhal, e coloca Guerra Junqueiro a discutir com Lenine num café sobre Rousseau.

Na literatura, afinal, não há convenções nem limites para as possibilidades da ficção, e no pensamento do leitor de hoje tudo pode conviver em harmonia, até quando Emma Bovary entra no quarto de hotel do narrador, ou quando Camille Claudel o convida para o seu atelier.

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Paulo Nóbrega Serra
Written by Paulo Nóbrega Serra
Sou doutorado em Literatura com a tese «O realismo mágico na obra de Lídia Jorge, João de Melo e Hélia Correia», defendida em Junho de 2013. Mestre em Literatura Comparada e Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, autor da obra O Realismo Mágico na Literatura Portuguesa: O Dia dos Prodígios, de Lídia Jorge e O Meu Mundo Não É Deste Reino, de João de Melo, fruto da minha tese de mestrado. Tenho ainda três pequenas biografias publicadas na colecção Chamo-me: Agostinho da Silva, Eugénio de Andrade e D. Dinis. Colaboro com o suplemento Cultura.Sul e com o Postal do Algarve (distribuídos com o Expresso no Algarve e disponíveis online), e tenho publicado vários artigos e capítulos na área dos estudos literários. Trabalhei como professor do ensino público de 2003 a 2013 e ministrei formações. De Agosto de 2014 a Setembro de 2017, fui Docente do Instituto Camões em Gaborone na Universidade do Botsuana e na SADC, sendo o responsável pelo Departamento de Português da Universidade e ministrei cursos livres de língua portuguesa a adultos. Realizei um Mestrado em Ensino do Português e das Línguas Clássicas e uma pós-graduação em Ensino Especial. Vivi entre 2017 e Janeiro de 2020 na cidade da Beira, Moçambique, onde coordenei o Centro Cultural Português, do Camões, dois Centros de Língua Portuguesa, nas Universidades da Beira e de Quelimane. Fui docente na Universidade Pedagógica da Beira, onde leccionava Didáctica do Português a futuros professores. Resido agora em Díli, onde trabalho como Agente de Cooperação e lecciono na UNTL disciplinas como Leitura Orientada e Didáctica da Literatura. Ler é a minha vida e espero continuar a espalhar as chamas desta paixão entre os leitores amigos que por aqui passam.