José, O Provedor, o quarto volume de José e os seus Irmãos, de Thomas Mann, é a conclusão desta monumental narrativa da história bíblica de José. Depois dos três volumes anteriores, As Histórias de Jaacob, O Jovem José, José no Egito, encerra-se agora esta tetralogia que a Dom Quixote começou a publicar em 2020, com tradução de Gilda Lopes Encarnação. Ver artigo
O terceiro volume da tetralogia publicada pela Dom Quixote José e os seus irmãos, intitulado José no Egito, de Thomas Mann, retoma, sem pausas nem saltos temporais, a narrativa do volume anterior, no ponto em que ficámos, momentos depois de José ser socorrido do fundo do poço em que os irmãos o deixaram para morrer durante dias.
Ainda que tenha aprendido uma dura lição, que o levará daí em diante a ser mais contido nas palavras e no orgulho (e simbolicamente perdido o seu manto multicolor), José continua ainda a revelar «algo de tortuoso, ao mesmo tempo amável e malicioso, algo que conseguia cativar a atenção dos demais» (p. 419). É particularmente divertida a forma como ao ser resgatado por uma caravana de mercadores madianitas que o conduzirão até ao Egito (Egipto?) para o vender como escravo, José dirá ao ancião “que o levam” enquanto o velho responde «Mete lá na tua cabeça que és tu quem chega ao lugar aonde nos levam os nossos passos. Não vou para o Egito para te conduzir a tal destino, mas sim porque tenho lá negócios a tratar» (p. 33).
José será vendido como escravo a Putifar, o eunuco chefe dos guardas do palácio do faraó, enquanto mantém a sua absoluta confiança em Deus: «Acreditava, sim, que o Altíssimo forjava planos futuros, talvez ainda não completamente claros para a razão humana, a respeito da sua pessoa, tendo-o, por isso, arrancado à sua vida passada e lançado num mundo totalmente novo.» (p. 51)
Poder-se-ia até pensar que ao ter partido sem olhar para trás, e quase sem se deter a pensar em Jaacob, o pai que tanto o amava (e preferia aos outros filhos), José se prepara para uma nova vida, não fosse o facto de ele se considerar morto a vogar no reino do submundo – e é particularmente curiosa a ligação profunda e constantemente evocada e explicitada entre o Egipto e o Mundo dos Mortos, além de que José sempre ouvira Jaacob, o pai, dizer que o Egipto equivalia ao submundo.
Talvez por isso o esmero narrativo das descrições do Egipto são sempre absolutamente fantásticas e estonteantes, evocativas de um reino de riqueza e ostentação que pode até chocar a frugalidade do deus dos hebreus. Igualmente delicioso é a forma como o narrador constantemente se intromete na narrativa, numa modernidade pouco própria ao tempo, e se justifica ou explica perante o leitor.
Thomas Mann considerou esta «monumental narrativa da história bíblica de José a sua magnum opus», baseado num profundo estudo da História, com detalhes pródigos e convincentes, Mann evoca o mundo mítico dos patriarcas e dos faraós. Os quatro livros desta tetralogia são pela primeira vez traduzidos directamente do alemão, num trabalho notável e de fôlego da professora Gilda Lopes Encarnação, que nos oferece uma tradução cadenciada e lírica.
Já saiu o segundo volume da tetralogia José e os seus irmãos, iniciado em As Histórias de Jaacob. Publicado pela Dom Quixote e traduzido directamente do alemão, numa excelente tradução da professora Gilda Lopes Encarnação.
José tem agora dezassete anos e «aos olhos de todos os que o contemplavam, era o rapaz mais belo entre as criaturas de Deus» (p. 9). Continua a ser invejado pelos seus 10 irmãos, mas aquilo que primeiro era ódio, por ser manifesta a predilecção do patriarca Jaacob por José, o único que aliás beneficia de um tutor, começa a transformar-se em temor, conforme se apercebem que, além da sua beleza, José é também inteligente e eloquente, capaz de seduzir, de enfeitiçar.
«É que este menino é esperto como as cobras e manso como as pombas, como todos nós deveríamos, no fundo, ser. Malicioso na inocência e inocente na malícia, de modo que a inocência se torna perigosa e a malícia sagrada – eis as marcas iniludíveis de quem foi abençoado pelo Senhor, e contra elas nada há a fazer, mesmo que o desejássemos, o que nunca sucede, porquanto nelas se adivinha a presença de Deus.» (p. 142)
(…)
Uma obra magistral, polifónica, como uma sinfonia que recupera um tema aqui e ali, enquanto se desenrola a história da queda de José, ao tornar-se escravo, e da sua ascensão a senhor do Egipto. Considerada pelo autor a sua magnum opus, esta recriação da história bíblica de José foi concebida em quatro partes, sendo as próximas a publicar José no Egito e José, o Provedor, e mal podemos esperar pela continuação desta história mítica.
José tem agora dezassete anos e «aos olhos de todos os que o contemplavam, era o rapaz mais belo entre as criaturas de Deus» (p. 9). Continua a ser invejado pelos seus 10 irmãos, mas aquilo que primeiro era ódio, por ser manifesta a predilecção do patriarca Jaacob por José, o único que aliás beneficia de um tutor, começa a transformar-se em temor, conforme se apercebem que, além da sua beleza, José é também inteligente e eloquente, capaz de seduzir, de enfeitiçar.
«É que este menino é esperto como as cobras e manso como as pombas, como todos nós deveríamos, no fundo, ser. Malicioso na inocência e inocente na malícia, de modo que a inocência se torna perigosa e a malícia sagrada – eis as marcas iniludíveis de quem foi abençoado pelo Senhor, e contra elas nada há a fazer, mesmo que o desejássemos, o que nunca sucede, porquanto nelas se adivinha a presença de Deus.» (p. 142)
(…)
Uma obra magistral, polifónica, como uma sinfonia que recupera um tema aqui e ali, enquanto se desenrola a história da queda de José, ao tornar-se escravo, e da sua ascensão a senhor do Egipto. Considerada pelo autor a sua magnum opus, esta recriação da história bíblica de José foi concebida em quatro partes, sendo as próximas a publicar José no Egito e José, o Provedor, e mal podemos esperar pela continuação desta história mítica.
Este livro já era conhecido, pelo menos no primeiro volume, e ressurge agora numa edição da Dom Quixote e traduzido pela primeira vez directamente do alemão – note-se a grafia do nome Jaacob –, numa brilhante tradução da professora Gilda Lopes Encarnação.
É costume dizer que todos deviam ler a Bíblia, mesmo que o texto bíblico padeça de uma escrita verdadeiramente literária. Mas apesar da dimensão desta obra – composta por quatro volumes –poder intimidar de início os mais renitentes, a escrita é de tal forma lírica, a história é de tal forma envolvente, que dificilmente podemos parar esta leitura que nos transporta para o tempo do milagre e do divino.
«Isaac colocou as suas mãos sobre o filho (…). E assim lhe concedeu a fertilidade da terra e toda a sua exuberância feminina, bem como o orvalho e o zimbro masculino do céu, e assim lhe concedeu a opulência dos campos, das árvores e das videiras, bem como a fertilidade pujante dos rebanhos e uma dupla tosquia todos os anos. Depositou no filho a aliança, fê-lo portador da promessa e herdeiro, para toda a eternidade, da obra fundada pelos patriarcas. As suas palavras altaneiras jorravam como as águas de um rio. Conferiu-lhe a hegemonia na luta entre as duas metades do mundo, a clara e a escura, assim como a vitória sobre o dragão do deserto; designou-o como Lua bela e como arauto da mudança, da renovação e do grande júbilo.» (p. 253)
E depois, em determinados momentos, o próprio autor parece falar com o leitor, em dissertação filosófica, para nos mostrar como a história de José e dos seus é tão próxima da dos comuns mortais, como tão distante da do quotidiano de cada um.
«Eis o jovem José acometido de vertigens neste ponto, tal como nos sucede quando nos debruçamos sobre a boca do poço, e não obstante as pequenas imprecisões que passavam pela sua bela e formosa cabeça, incompreensíveis aos nossos olhos, é proximidade o que sentimos em relação àquele jovem, como se fôssemos seus contemporâneos, se considerarmos os abismos próprios do submundo do passado a que José, tão remoto para nós, já assomava.» (p. 23)
No primeiro capítulo ficamos a conhecer José, o filho predilecto de Jaacob, um rapaz que tem tanto de belo como de poético, com capacidades proféticas, através dos sonhos e visões que lhe chegam ou de visões, mas incapaz de conter a sua grande língua, o que só lhe trará ódio por parte dos irmãos. A partir do segundo capítulo somos levados a conhecer a vida de Jaacob; de como foi instado pela mãe a usurpar a bênção especial destinada ao seu irmão Esaú, o primógenito de Isaac; de como partiu com uma magnífica comitiva, com animais de carga, presentes e objectos de troca, adornos e armas de uma escolta principesca, para tudo perder à mão de bandidos, menos a vida, pois a espada que lhe era destinada despedaça-se em sete vezes setenta pedaços; de como serviu a seu tio Labão durante sete anos para casar com a filha errada e outros sete para finalmente poder tomar para si a irmã amada. E na história de cada uma destas figuras bíblicas, o autor entretece ainda a história dos seus ascendentes, sendo possível, por exemplo, ver em Jaacob a dignidade espiritual de Abraão, como se estas figuras fossem reencarnações de um mesmo princípio divino. Mesmo que a história seja antiga e nos seus aspectos essenciais sobejamente conhecida, descobrimo-la aqui como se pela primeira vez.
Thomas Mann faz juz ao seu estatuto de Prémio Nobel e deixa-nos uma obra magistral, polifónica, como uma sinfonia que recupera um tema aqui e ali, enquanto se desenvolve entre a infância de José e a vida do seu pai Jaacob. Considerada pelo autor a sua magnum opus, esta recriação da história bíblica de José foi concebida em quatro partes, sendo as próximas a publicar O Jovem José, José no Egito e José, o Provedor, e mal podemos esperar pela continuação desta história mítica.
É costume dizer que todos deviam ler a Bíblia, mesmo que o texto bíblico padeça de uma escrita verdadeiramente literária. Mas apesar da dimensão desta obra – composta por quatro volumes –poder intimidar de início os mais renitentes, a escrita é de tal forma lírica, a história é de tal forma envolvente, que dificilmente podemos parar esta leitura que nos transporta para o tempo do milagre e do divino.
«Isaac colocou as suas mãos sobre o filho (…). E assim lhe concedeu a fertilidade da terra e toda a sua exuberância feminina, bem como o orvalho e o zimbro masculino do céu, e assim lhe concedeu a opulência dos campos, das árvores e das videiras, bem como a fertilidade pujante dos rebanhos e uma dupla tosquia todos os anos. Depositou no filho a aliança, fê-lo portador da promessa e herdeiro, para toda a eternidade, da obra fundada pelos patriarcas. As suas palavras altaneiras jorravam como as águas de um rio. Conferiu-lhe a hegemonia na luta entre as duas metades do mundo, a clara e a escura, assim como a vitória sobre o dragão do deserto; designou-o como Lua bela e como arauto da mudança, da renovação e do grande júbilo.» (p. 253)
E depois, em determinados momentos, o próprio autor parece falar com o leitor, em dissertação filosófica, para nos mostrar como a história de José e dos seus é tão próxima da dos comuns mortais, como tão distante da do quotidiano de cada um.
«Eis o jovem José acometido de vertigens neste ponto, tal como nos sucede quando nos debruçamos sobre a boca do poço, e não obstante as pequenas imprecisões que passavam pela sua bela e formosa cabeça, incompreensíveis aos nossos olhos, é proximidade o que sentimos em relação àquele jovem, como se fôssemos seus contemporâneos, se considerarmos os abismos próprios do submundo do passado a que José, tão remoto para nós, já assomava.» (p. 23)
No primeiro capítulo ficamos a conhecer José, o filho predilecto de Jaacob, um rapaz que tem tanto de belo como de poético, com capacidades proféticas, através dos sonhos e visões que lhe chegam ou de visões, mas incapaz de conter a sua grande língua, o que só lhe trará ódio por parte dos irmãos. A partir do segundo capítulo somos levados a conhecer a vida de Jaacob; de como foi instado pela mãe a usurpar a bênção especial destinada ao seu irmão Esaú, o primógenito de Isaac; de como partiu com uma magnífica comitiva, com animais de carga, presentes e objectos de troca, adornos e armas de uma escolta principesca, para tudo perder à mão de bandidos, menos a vida, pois a espada que lhe era destinada despedaça-se em sete vezes setenta pedaços; de como serviu a seu tio Labão durante sete anos para casar com a filha errada e outros sete para finalmente poder tomar para si a irmã amada. E na história de cada uma destas figuras bíblicas, o autor entretece ainda a história dos seus ascendentes, sendo possível, por exemplo, ver em Jaacob a dignidade espiritual de Abraão, como se estas figuras fossem reencarnações de um mesmo princípio divino. Mesmo que a história seja antiga e nos seus aspectos essenciais sobejamente conhecida, descobrimo-la aqui como se pela primeira vez.
Thomas Mann faz juz ao seu estatuto de Prémio Nobel e deixa-nos uma obra magistral, polifónica, como uma sinfonia que recupera um tema aqui e ali, enquanto se desenvolve entre a infância de José e a vida do seu pai Jaacob. Considerada pelo autor a sua magnum opus, esta recriação da história bíblica de José foi concebida em quatro partes, sendo as próximas a publicar O Jovem José, José no Egito e José, o Provedor, e mal podemos esperar pela continuação desta história mítica.
Este pequeno livro é mais uma pérola deste grande autor, prémio Nobel em 1929, cuja obra tenho estado a ler ultimamente (o que me leva a querer reler os que lera entretanto). Seguir-se-ão certamente Os Buddenbrook, o seu primeiro romance cuja escrita iniciou aos 21 anos de idade.
Esta é também uma obra bastante autobiográfica e como que um libelo ou manifesto da sua escrita. Nas próprias palavras do autor, citadas na capa: «a narrativa que é talvez ainda hoje, entre tudo o que escrevi, a mais próxima do meu coração.».
O livro atravessa parcialmente a vida de Tonio Kröger, detendo-se nos episódios que mais contribuíram para a formação da sua personalidade, numa rememoração selectiva. Logo no início encontramos um Tonio adolescente que está, a uma primeira leitura, apaixonado pelo colega Hans Hansen, numa paixão que parece aliás naturalmente justificada pelo facto de este outro jovem ser um modelo de beleza e perfeição: «Era extraordinariamente bonito e bem constituído, largo de ombros e estreito de ancas, com olhos despertos de um azul-aço e de olhar agudo e penetrante.» (pág. 9). Adorado pelos professores, pelos colegas, em suma por todos aqueles que com ele se cruza, Hans é assim amado mas também invejado por Tonio, que é, fisica e intelectualmente, o seu oposto. E é quando o jovem Tonio se detém nas suas razões, justificadas ou não, para esta inveja em relação ao amigo percebemos então que, tal como a homossexualidade aparentemente patente na obra A morte em Veneza, esta questão de “amor ao mesmo” ou “amor grego” ganha outros contornos, em que no fundo Tonio gostaria de ser como o seu amado, pelo seu porte atlético, pela sua facilidade perante a vida, pela sua leveza, enquanto Tonio, além do próprio nome já de si exótico, da própria aparência física (filho de uma mãe sul-americana) se move com mais langor e encara a vida com uma certa melancolia, mergulhado nos seus livros. No segundo capítulo, a paixão de Tonio já não é Hans mas outra deusa de aspecto igualmente louro e trigueiro, a loira Ingeborg Holm, pois, como se declara claramente no final do romance, o seu «mais profundo e mais secreto amor pertence aos loiros de olhos azuis, a esses seres límpidos e vivos, felizes, que são amados, que são normais.» (pág. 118).
A narrativa prossegue, com um pendor mais metafísico, outras vezes quase alegórico, e acompanhamos o percurso de Tonio de jovem amante da literatura a escritor: «Seguiu o caminho que tinha de seguir, um pouco desleixadamente e de forma irregular, assobiando, com a cabeça inclinada para o lado e olhando o longe, e quando errava, tal acontecia porque para muitos não há um único caminho certo.» (pág. 35).
Este é um relato do que significa amar-se a literatura, e viver em torno da literatura, tendo Thomas Mann criado uma personagem que veio a ser amado pela juventude intelectual do século XX, que se revia nesta estranheza e neste sentimento de não-pertença de Tonio em relação ao mundo, que analisa com rigor mas com distanciamento frio, de um ser que parece vogar sem laços humanos. Destaque-se o episódio em que Tonio revisita a sua cidade-natal apenas para encontrar a sua casa transformada numa biblioteca pública e acaba a ser interrogado por um polícia que lhe pede os seus papéis, mas Tonio não tem forma de comprovar a sua identidade a não ser pelas provas do seu próximo livro, onde figura o seu romance.
E se me perguntarem o que faz de uma obra literatura posso referir que são passagens como esta:
«Ao jantar, fora vizinho de Tonio Kröger e com movimentos tímidos e modestos tinha comido espantosas quantidades de omeleta de lavagante.» (pág. 87).
Fecha-se um ciclo na minha vida com o final desta leitura. Não me marcou tanto como uma certa obra, mas é um romance mágico. Romance de formação, de aprendizagem da vida, pois acredito que os 7 anos que Hans vive no sanatório condensam também a história do mundo, nessa montanha mágica que tem tanto de Olimpo como de descida ao Inferno, onde Settembrini faz de Virgílio, o seu guia e mentor, que o leva a descobrir um pouco da história da humanidade e do conhecimento, num período de tensão como se adivinha já nas discussões com Nafta, prenunciando o estalar da guerra e do confronto extremo de ideologias, que rasgam definitivamente o véu da ilusão e provocam o bruto despertar para a realidade de que Hans fugia, vivendo no sanatório como quem vive um sonho, e à qual por fim regressa de forma corajosa, já não como sonhador ou diletante, mas como guerreiro de sentido estóico perante a vida, perante a morte, enfrentando a morte e o caos com uma canção nos lábios. Da astrologia, astronomia, a dois ou três temas que me são caros, como a literatura, a música e o espiritismo, tudo é coberto pela sede de conhecimento e pelas experiências que Hans bebe de forma voluntariosa. Um livro que demorou 12 anos a escrever, dividido em 7 capítulos que curiosamente narram 7 anos (baseados em parte na permanência de Mann num sanatório por 3 semanas, tal como Hans pensava ir por 3 meses), se bem que não há qualquer correspondência entre capítulos e anos, ou entre o devir temporal da vida e a narrativa, pois se o primeiro capítulo cobre basicamente a chegada do jovem à montanha, outros capítulos condensam anos inteiros. pois o tempo parece uma espiral, dilema que Hans resolve abandonando relógios e calendários, pois querer medir o tempo afigura-se tão impossível como encontrar o caminho de regresso no meio da tempestade de neve em que anda em círculos. Acho que ninguém sai incólume deste romance, tal como Hans quando regressa transformado à planície… mas certamente que para melhor.
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