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Literatura Portuguesa

Matar a imagem, Ana Teresa Pereira

O primeiro romance de Ana Teresa Pereira, publicado em 1989 e vencedor do Prémio Caminho de Literatura Policial – que sugeriu imediatamente a publicação subsequente de As Personagens, livro que também já aqui tenho a meu lado – tem já vários dos temas ou imagens que irão assombrar a sua escrita mas aqui num tom mais negro: o duplo, um lugar solitário e isolado do mundo, a escrita, a profusão de referências literárias e cinematográficas, a própria linguagem fílmica como quando nos é feita a descrição física da personagem apenas no momento em que ela se coloca frente a um espelho a observar-se. Como quem entra num filme de suspense ou num thriller psicológico, vamos percebendo o que significa matar a imagem quando Rita decide casar com David e dessa forma parece matar a sua pessoa, morrendo a pior morte de todas que é a de se tornar a outra metade de alguém, de se tornar uma esposa exemplar, de perder o seu espaço, o seu ser, como quem deixa de ter um “quarto que seja seu” ou, segundo Duras, passe a saber fazer sopa de alho porro, o que significa a diferença entre a vida e o suicídio, e bem que, no reverso da medalha, também seja agradável sentir a nossa identidade imergir no corpo e na personalidade de outrem. Este livro tem a particularidade de referir um topónimo, Lisboa, pela primeira vez nos livros que li da autora, mas depois passamos a um local perdido no tempo e no espaço, apesar de ser inconfudivelmente a Madeira, dada a referência aos túneis que atravessam as montanhas, os calhaus, a poncha, a espetada, na claustrofobia desse espaço místico rodeado de mar e névoa. Ver artigo

Dezembro 11, 2016by Paulo Nóbrega Serra
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Literatura Estrangeira

Fala-lhes de batalhas, de reis e de elefantes, de Mathias Enard

No dia 13 de maio de 1506 Miguel Ângelo desembarca em Constantinopla com o encargo de projectar uma ponte que atravesse o Corno de Ouro. Ver artigo

Dezembro 11, 2016by Paulo Nóbrega Serra
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Literatura Estrangeira

Vida após vida, Kate Atkinson

Respondi recentemente a um desafio sobre os melhores livros lidos este ano – se bem que até o ano acabar ainda espero ler mais uns quantos. Não incluí este na lista que seria certamente o terceiro ou quarto, em termos de qualidade. Vida após Vida é de 2013, tendo ganho o Prémio Costa, e foi publicado pela Relógio d’Água em 2014. É um livro que assenta numa ideia bastante original, com uma escrita soberba, elegante e cheia de humor, se bem que esse humor delicioso se centre mais em Fox Corner, morada da infância e juventude de Ursula – independentemente da sua vida, pois é essencialmente em adulta que os desfechos se começam a desdobrar – e nos chistes trocados entre os seus familiares.  Todavia, permitam-me antes de mais começar por uma crítica negativa: porque não traduzir as falas em alemão que não são imensas mas são suficientes e inseridas no texto no original acabam por não permitir ao leitor comum – que não saiba alemão – perceber o se está a passar… Isto aconteceu antes, de forma ainda mais gritante, com o Uma questão de classe e as suas citações latinas, pelo que começo a achar que os tradutores estão mais preocupados em se focar na língua que de facto sabem, o inglês, e quanto ao resto o leitor que se amanhe. Ver artigo

Dezembro 10, 2016by Paulo Nóbrega Serra
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Literatura Portuguesa

Se eu morrer antes de acordar, Ana Teresa Pereira

Fui lendo espaçadamente este livro constituído por quatro contos da autora, o que acredito, me permitiu, desfrutar melhor da sua escrita. Sobre a escritora já se tem falado do seu universo criativo muito próprio, para o qual contribui a intertextualidade, com alusões explícitas a filmes, citações de frases soltas retiradas de livros ou filmes, certas imagens e temas, e a sensação de andarmos num fino fio entre a realidade sempre atentamente descrita e o fantástico – uma dimensão fantástica perturbante, intrigante, neogótica. A escrita é fluída e leva-nos em frases rápidas, cadenciadas, numa narrativa que começa de modo calmo mas vai acelerando a respiração à medida que o mistério se adensa. Apesar da narrativa ser perspectivada a partir da terceira pessoa, pela voz do narrador, há uma identificação muito próxima das personagens, e vamos testemunhando dos seus estados de alma. Os nomes das personagens são quase sempre estrangeiros, e parecem homenagear certas escritoras queridas à autora – como a Iris do último conto do livro e que dá título ao mesmo. O processo criativo e a arte estão também quase sempre presentes, nomeadamente, uma vez mais, no último conto, em que a personagem é também escritora. Ver artigo

Dezembro 3, 2016by Paulo Nóbrega Serra
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Literatura Portuguesa

Adivinhas de Pedro e Inês, Agustina Bessa-Luís

Começo a achar que não há livro de Agustina que não seja um quebra-cabeças (entender a expressão de forma livre, isto é, qualquer coisa entre puzzle e dor de cabeça). A escrita agustiniana é um deleite, apesar da sua falta de linearidade mesmo quando se trata de narrar episódios históricos. Nomes de reis que se repetem, tanto que às vezes não sabemos se se fala de D. Pedro, o Cruel ou de D. Pedro, o Justiceiro, datas incertas de casamentos, pelo que nunca se sabe se o casamento de Pedro e Inês foi ou não legítimo, se já se conheciam antes do casamento do rei com D. Constança, as pistas são muitas e aquilo que fica para o leitor adivinhar é imenso. Fica deste livro a sensação de que muito mais importante do que os episódios do amor vivido entre D. Pedro e D. Inês de Castro é aquilo que se pode supor e ficcionar. Aliás de D. Inês ficamos sem saber nada, pois ela permanece na sua natureza de mulher medievalista – o renascimento veio pouco depois: enigmática, sem voz, presença apagada mas ainda assim móbil de paixões humanas e de rancores. Ver artigo

Dezembro 1, 2016by Paulo Nóbrega Serra
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